Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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10 coisas essenciais que você precisa saber antes de viajar pela Indonésia

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h00 - Publicado em 21 fev 2010, 08h11

Fim de tarde num ferry no Sulawesi: navegar não é preciso

É perigoso fazer generalizações quando se trata de um país pulverizado entre mais de 17 mil ilhas. Mas depois de visitar a Indonésia por três anos consecutivos, e tendo viajando por regiões tão diferentes como Bali, Komodo, Flores, Lombok e Sulawesi, já arrisco dar uns toques para quem deseja se aventurar por esse universo de praias, loucuras submarinas e frenesi cultural que é um dos destinos mais completos e inesgotáveis do mundo.

1. Bali não é Indonésia. Apesar de fazer parte do país, tecnicamente falando, a ilha é um universo à parte, tanto na religião (é a única hinduísta do arquipélago) e na cultura, quanto no “modo de usar”. Em outras palavras, Bali é um parque de diversões gigante e com todas as facilidades para o viajante. Fora de Bali, a realidade é um pouco mais complicada (sendo otimista).

2. Com exceção do eixo Java-Bali-Gili Islands-Lombok, o resto do país é um mundo de possibilidades ainda muito pouco exploradas pelo turismo. Se você gosta de descobrir lugares novos e pouco batidos, a Indonésia é um verdadeiro oásis no cansado Sudeste Asiático.

3. O maior desafio indonésio é o deslocamento. Por terra, hay que tener cojones. Ou pelo menos muita, mas muita paciência. Em ilhas como Flores e Sulawesi, qualquer 50 quilômetros podem levar hooooras por estradas precárias e curvilíneas, em ônibus caindo aos pedaços ou lotações conduzidas por motoristas insanos com música alta invariavelmente maltratando os tímpanos. Regra número um: se houver uma alternativa por água ou ar, agarre-a como se fosse a arca de Noé.

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4. Não tenha muito apego a datas e um itinerário fixo. Ferrys atrasam (ou são cancelados) e aviões idem.

5. Garuda, Lion Air e Air Asia são as melhores companhias aéreas operando dentro do país. Fora elas, a qualidade é ladeira abaixo. Para as rotas menos batidas, prepare-se para voar em aviões pequenos operados por empresas que não têm nem página web.

6. A Indonésia, em geral, é um país seguro, onde armas e violência não fazer parte do cotidiano (obviamente excluindo Jakarta, que tem os problemas de qualquer megalópole subdesenvolvida). Os maiores perigos são os desastres naturais: terremotos, tsunamis, etc.

7. Em geral, o inglês é falado por um numero surpreendente de pessoas, até mesmo em lugares remotos. No entanto, saber algumas palavras em bahasa (todos falam bahasa apesar do país ter outros N idiomas e dialetos no cardápio) pode poupá-lo de várias roubadas. Uma boa ideia é estudar os números, essenciais para negociar preços, saber horários de ferrys, etc. (Aprendi a contar em bahasa e isso me ajudou em várias ocasiões em que a barreira lingüística atingiu a espessura de uma muralha).

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8. O país tem diferentes épocas de chuvas, dependendo da região. Estude o clima com lupa antes de ir para não fica na mão. Surfistas e mergulhadores devem redobrar o cuidado, já que ir na época errada significa perder viagem.

9. Famoso como “o maior país muçulmano”, a Indonésia também tem uma grande variedade de outras religiões. No norte do Sulawesi, por exemplo, a maioria é católica, e há uma igreja atrás da outra. Tirando algumas regiões de conflito aqui e ali, em geral a convivência entre todos é pacífica e, para turistas, não há uma grande neurose quanto à maneira de vestir ou dificuldade para encontrar uma cervejinha para tomar. Basta manter o bom senso: numa vila de pescadores muçulmanos, não vá ficar desfilando de biquíni, por favor.

10. A Indonésia é um país de gente sorridente e amável. É normal que um estranho se aproxime para perguntar onde você vai ou de onde vem. Isso é apenas uma maneira de demonstrar interesse e puxar conversa. Deixe-se levar.

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