Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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10 dicas para amar Koh Phi Phi, a ilha mais famosa da Tailândia

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h06 - Publicado em 26 jan 2009, 16h01

Koh Phi Phi é um dos lugares mais bonitos do mundo. Mesmo assim, é normal encontrar quem a tenha abominado. As queixas são sempre as mesmas: muita gente, muita bagunça, preços altos e praias detonadas por resorts grotescos. Sim, é tudo verdade, graças  ao filme A Praia, estrelado pelo galã de pelúcia Leonardo di Caprio, que revelou a ilha para o mundo nos anos noventa. Sabendo algumas manhas, porém, Phi Phi pode se tornar tão encantadora para você quanto para os sortudos viajantes do período “pré-capriano”.

1. Sossego em Phi Phi? Acredite, é possível. Mas para encontrar a paz você não pode nem sonhar em hospedar-se no centrinho ou na praia de Ao Lo Dalam, onde a balada sacode os alicerces da ilha até de manhã cedo. Os barcos para a sossegada Hat Yao (Long Beach) e outras prainhas desertas afastadas saem da praia ao lado do píer. Algumas delas são ocupadas por hotéis exclusivos e carésimos, outras ainda conservam bangalôs de bambu baratinhos.

2. Quer balada? Não tem erro. Vista as pantufas de jaca e fique pelos lugares amaldioçados no item anterior. A quantidade de suecos e suecas malhados, bronzeados e soltinhos renderá uma das temporadas de caça mais fartas da sua vida.

3. Para comer bem e barato, evite os restaurantes ocidentalizados a todo custo e prefira as banquinhas de comida do mercado na frente do píer. O Mr. Tee, por exemplo, é um cozinheiro de mão cheia. Nos seus domínios,  um almoço sai por 2 euros por pessoa. No buzuzu do centrinho, procure pelo Papaya, ao lado do Tiger Bar, onde as porções são tiranossáuricas e a comida é deliciosa. Ah! Não deixe de visitar o gato que mora na geladeira (juro por deus) de cerveja, uma celebridade local.

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4. Hospedagem barata (isto é, por menos de 30 euros ao dia)? Você tem duas opções: as guest houses do centro (que não garantem a sua noite de sono) ou os bangalôs da parte mais alta da ilha, no caminho do mirante (View Point). Como dizem os espanhóis… “es lo que hay”.

5. Mergulhe! Mergulhe! Mergulhe! Ou pelo menos faça um passeio para fazer snorkling. Acredite, a ilha é ainda mais encantadora embaixo d’água. Tartarugas, tubarões, peixe-leão, corais intactos, cardumes de peixes coloridos… Os arredores de Phi Phi estão entre os melhores lugares da Tailândia para mergulhar. No centrinho, há mais de 20 centros de mergulho e os preços são razoáveis (uma saída para dois mergulhos custa em torno de 50 euros). Recomendo de coração o Aquanauts, onde acabo de fazer o meu curso avançado (cerca de 220 euros).

6. Não fantasie muito sobre Maya Bay, a tal da praia do filme “A Praia”. A densidade demográfica por ali costuma ser a mesma de Copacabana aos domingos (isso sem falar nas centenas de barcos estacionados). Encare o programa como ver a Monalisa no Louvre. Ou seja, algo que você vai querer fazer de qualquer jeito, mas que no fim das contas não será nenhuma experiência transcendental.

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7. Quer realmente curtir uma praia? A ilha e seus arredores são um verdadeiro paraíso de enseadas de areias brancas e águas esmeralda. Pegue um barquinho para Long Beach ou uma das praias semi-desertas como Monkey Beach ou vá até o cantinho onde está a rocha onde o povo pratica escalada (na praia do píer). É um milagroso recanto de sossego a menos de 5 minutos do píer.

8. Vá entre novembro e abril, a temporada seca. Caso contrário, você corre o risco de amargar dias de Santa Catarina em plena Tailândia e visibilidade ruim para mergulhar.

9. Hospede-se na ilha ao invés de fazer passeios de um dia a partir de Krabi e Phuket. O fim de tarde, quanto todos os farofeiros chineses (que perambulam de colete salva-vidas e guarda-chuva pela praia) já se mandaram, é um dos momentos mais agradáveis do dia.

10. Evite a época do ano novo chinês, quando o fator acima se multiplica por mil.

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