Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Achados em Londres, parte 2: Os melhores gastropubs de Notting Hill

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h08 - Publicado em 8 out 2008, 09h10

Toda vez que vou a Londres, minha grande amiga e anfitriã Marina se desculpa pela falta de criatividade. “Sorry, mas não consigo pensar num lugar mais agradável que o The Cow e o Westbourne“. E eu aceito, feliz da vida, repetir o programa.


The Cow, o pequeno notável

Os dois melhores gastropubs do precioso bairro Notting Hill – um dos mais badalados de Londres – ficam praticamente um na frente do outro, na Westbourne Park Road. A estação de metrô mais próxima é a Royal Oak, mas muitas outras (como Westbourne Park, Bayswater e Notting Hill Gate) estão a uma agradável caminhada de lá.


O interior do The Cow: precisando, a gente se espreme

O The Cow é para poucos e bons. O andar de baixo, onde funciona o pub propriamente dito, tem pouquíssimas mesas, todas elas pequenas. Ir em turma não é exatamente a coisa mais apropriada, portanto. Mesmo assim, o lugar está longe de ser um pub de casais. Espremidos em suas mesinhas, meninos e meninas dos mais interessantes mal conseguem se concentrar na comida. O clima é de paquera. Ainda que “clima de paquera” em Londres possa ser algo indetectável para brasileiros, acostumados com métodos cavernícolas de acasalamento.

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O The Cow é especialista em frutos do mar, com foco para as ostras (ostras com Guinnes é uma combinação perfeita). Meia dúzia das irlandesas Irish Rocks sai por 9 libras (34 reais). E a mesma porção das lendárias Fines de Claires, francesas, sai por 9,50 (36 reais). Sim, é carinho. Mas por outro lado um belíssimo prato do peixe do dia sai por 13,50 (51 reais), e alimenta muuuuito bem uma pessoa normal sem necessidade de pedir acompanhamentos extra. O que para Londres (e se bobear, hoje em dia, até para São Paulo) pode ser considerado em conta.


O restaurante no andar de cima do The Cow

No restaurante do andar de cima, agradabilíssimo, a coisa (incluindo o preço) fica mais séria. O cardápio tem receitas afrancesadas, um ou outro toque italiano e os pratos principais vão de 16,50 a 21 libras (63 a 80 reais).


A “galeria” do Westbourne

O Westbourne é bem maior. Mas não menos charmoso. Sua parede (que eles chamam de galeria) é decorada com gravuras, pôsteres antigos e quadros bacanas. Além das mesas internas, ainda tem um belo terraço na calçada. Lota tanto de dia quanto durante a noite. Não cometa a gafe de pedir o cardápio. O menu é todo escrito numa lousa, e todos os habitués sabem disso.

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O exterior do Westbourne

O cardápio muda todos os dias. Mas tanto os peixes quanto as carnes costumam ser ótimos. E os pratos não costumam passar de 12 libras (46 reais). O pãozinho com manteiga e sal que acompanha já vale a empreitada.


A varanda animadinha do Westbourne durante o dia

Etiqueta de PUB: mesmo em Notting Hill, onde tudo é mais arrumadinho, a pub is always a pub. Caso queira comer, você deve procurar uma mesa (na raça) e dar um jeito de marcar o seu lugar. Mas não espere um garçom anotar o pedido. Tudo deve ser solicitado e pago no balcão. Com o seu pint de cerveja em mãos, você pode voltar para a mesa e esperar pela comida, que será milagrosamente trazida por alguém. Para dividir a conta, é super normal um amigo levantar de cada vez para pedir a sua própria refeição. Quando vão apenas beber, porém, os ingleses são mais coletivistas, e cada amigo paga uma rodada.

PS: Fotos de divulgação

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