Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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As melhores maneiras de estragar a sua viagem

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h46 - Publicado em 8 ago 2012, 17h06

Bagagem demais: um dos pecados capitais

 

Dia desses dei uma entrevista ao site da revista Exame sobre um tema pertinente: como estragar uma viagem? O link para a matéria está aqui. Mas, se você quiser aprofundar-se nas minhas divagações, aqui está a entrevista completa. Esqueci algum item importante?

 

Qual o maior erro (ou os maiores erros) que alguém pode cometer na hora de:

escolher o destino da viagem?

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Não pesquisar sobre o clima do lugar na época em questão. Não se trata apenas de frio ou calor (o que o sujeito deduz mais ou menos pela posição geográfica do lugar). O Sudeste Asiático, por exemplo, tem um calendário ultra complexo de monções. Varia até dentro de mesmo país (a Tailândia é um deles): enquanto a costa leste está em sua época seca, portanto ensolarada, o mundo pode estar caindo na costa oeste, que fica a poucos quilômetros de distância. Em vários outros lugares (Caribe, China, ilhas do Pacífico) você pode se deparar com enchentes, furacões, hotéis fechados e outra roubadas incontornáveis se não pesquisar direito. No Brasil também temos alguns lugares delicados, com épocas de muita chuva e enchentes que é bom evitar.

 

fazer a mala?

Viajar com muito peso. Minha regra é: faltar é melhor do que sobrar. No mundo globalizado, a menos que se viaje para um lugar muito primitivo, há pouquíssimas coisas que você possa precisar desesperadamente que não consiga encontrar no destino em questão. Esquecer os remédios que toma habitualmente também é um erro grave, porque muitas vezes implica ter que consultar um médico para pedir receita.

 

escolher/reservar o hotel?

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Ficar longe das principais atrações turísticas para economizar uns trocados. É o típico barato que sai caro: no fim, gasta-se em transporte e perde-se tempo.

 

escolher os passeios?

Deixar para comprar na hora as entradas dos grandes highlights, principalmente na Europa. As filas de lugares como a Sagrada Família de Barcelona ou a Galeria Uiffizi, de Florença, costumam ter filas longuíssimas (de horas). Comprar entradas pela internet e fazer as visitas com hora marcada pode não ser a melhor coisa do mundo quando a ideia é relaxar. Mas ficar na fila é muito pior.

 

– Qual ou quais posturas dos viajantes que podem acabar com a viagem:

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– a dois?

Exigir a companhia do outro para fazer programas que só um dos dois gosta. O melhor é reservar um dia com cada um para o seu lado para que a fulaninha vá comprar maquiagem e que o fulaninho vá ao museu do time de futebol local.

 

– com os amigos?

Esperar que todo mundo faça tudo sempre juntinho. Cada um tem  seu ritmo para acordar, tomar banho, se arrumar… O melhor é ser flexível e combinar as coisas no esquema “vai indo que eu já vou”. Se não der, é importante que haja um esforço de pontualidade na turma. A questão do dinheiro também é complicada. Se um dos amigos é cheio da grana e faz questão de comer em restaurantes caros, pode deixar um outro membro da turma numa situação ruim. O melhor é conversar sobre esses temas antes da viagem, numa reuniãozinha, usar a sinceridade e, se for o caso, fazer algumas refeições e programas separados.

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–        com a família?

Escolher um programa que não é viável e prazeroso para todos. Famílias com crianças têm determinadas restrições, com gente mais velha têm outras. É preciso planejar pensando em tudo isso para a coisa dar certo.

 

–        Em uma viagem internacional, o que é fatal para a diversão da viagem?

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Querer ir a milhões de lugares em pouco tempo. Como as viagens para o exterior são mais caras e “especiais”, querer abraçar o mundo é um erro que as pessoas cometem com muita frequência quando saem do país. Quando me pedem ajuda para planejar o roteiro, eu quase sempre tenho que cortar meia dúzia de lugares da viagem de amigos, e tento convencê-los de que o mundo não vai acabar tão cedo. Acho que três dias é um tempo mínimo em cada destino, seja Botucatu ou Paris, uma vez que o dia da chegada e o dia da saída é sempre são meios capengas.

 

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