Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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México: Holbox, uma sonífera ilha que pouca gente conhece

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h48 - Publicado em 14 mar 2012, 16h14

A praia de Holbox em um momento Caribe

 

Antes de mais nada, a pronúncia certa é “Rolboch”. A dica dessa ilha cujo nome eu nunca tinha escutado veio de uma amiga que mora no país. Parecia até bom demais para ser verdade: um pequeno paraíso na junção do Golfo do México (com suas águas esverdeadas e frias) com o Caribe (azul e quentinho), pouquíssimo frequentado por turistas estrangeiros.

 

A posição geográfica da ilha é a sua questão crucial. Por estar na convergência entre dois mares, num ponto de alta concentração de plâncton, Holbox é ponto de encontro de tubarões baleia entre maio e setembro, a sua alta temporada. Os passeios para ver esses animais incríveis e inofensivos, que podem chegar a ter o tamanho de um ônibus, são a maior vocação (e ganha pão) local. No resto do ano, a tranquilidade impera. Infelizmente, não estive lá na época do tubarão. Mas o clima relax me serviu como prêmio de consolação.

 

A ilha é bipolar. Um dia, é Caribe. No outro, é Golfo. Hoje você entra no mar e está em uma piscina cristalina e quentinha. Amanhã, não consegue enxergar o seu pé em uma água turva e esverdeada. A mudança acontece com uma rapidez alucinante. E o mesmo se aplica para a direção do vento e das nuvens.

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O mar, ao fundo, em um momento Golfo

 

Além de aproveitar os momentos de bom vento para praticar o kitesurfe, há pouquíssimo o que fazer por lá. Coisa que eu adoro. O negócio é relaxar e ler um livro, de preferência escarrapachado em uma espreguiçadeira do beach club da lindíssima pousada Casa las Tortugas – a areia tem algumas formigas extremamente inconvenientes. Basta comer ou beber alguma coisa para passar o dia lá. Entre uma página e outra, levante o olhar para acompanhar a dança das centenas de pássaros — fragatas, gaivotas e pelicanos – que têm na ilha o seu lar doce lar.

 

Ruas de areia e muito sossego: me gusta

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A vila também é fofa. Ao redor de uma pracinha de ares interioranos, há alguns restaurantes e barraquinha de comida. E só. Quem precisa de mais?

 

@drisetti

 

 

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