Colônia (Köln): bairros, atrações, onde comer e ficar

Por Adrian Medeiros Atualizado em 19 jul 2019, 18h18 - Publicado em 20 set 2011, 11h59

Durante a Copa do Mundo na Alemanha, em 2006, a cidade de Colônia, no oeste do país, virou uma espécie de república brasileira. Eleita município-sede da torcida canarinho, ela se rendeu à alegria verde-amarela e aprendeu a se adaptar para fazer o turista tupiniquim se sentir em casa, mais à vontade do que em qualquer outra parte do solo germânico.

E esse legado se perpetuou. Além das populares festas de Carnaval que realiza em fevereiro, Colônia possui academias de capoeira, bandas folclóricas e restaurantes genuinamente brasileiros.

Seu posicionamento estratégico na malha ferroviária do país, que utiliza o moderno trem ICE, garante acesso fácil a várias outras cidades alemãs e a importantes capitais europeias, como Bruxelas (Bélgica), Amsterdã (Holanda) e Paris (França).

Ferrovia e Catedral, Colônia, Alemanha
Além de estar estrategicamente posicionada na malha ferroviária da Alemanhao que a torna bem acessivel a partir de várias outras cidades europeias, Colônia tem castelos medievais, museus famosos, vinhedos, cruzeiros românticos pelo Reno, uma rua só de lojas com as principais grifes internacionais e, claro, muitos bares para bebericar a tradicional cerveja Kölsch (Thomas Wolf/Wikimedia Commons)

O trem pra Colônia sai do aeroporto de Frankfurt, e em apenas uma hora você está no coração da maior cidade da região da Renânia, ao lado da maior catedral da Alemanha, a Kölner Dom. Razão mais do que suficiente pra fazer a parada!

Não interessa quantas igrejas você já tenha visto na Europa: a catedral de Colônia vai impressionar. Quem chega no final da tarde vê a silhueta das suas duas torres desalinhando o skyline baixo e regular da cidade e nunca mais vai parar de dar de cara com ela, onde quer que esteja. 

Ela é grande, forte, pesada, escura – só que pertinho é a própria delicadeza rendada em estilo gótico. Demorou mais de 600 anos para que sua construção fosse concluída.

Kölner Dom, Colônia, Alemanha
A delicadeza rendada em estilo gótico da Kölner Dom (bh-fotografie/Flickr)

Colônia também tem outros ícones, como a linda ponte Hohenzollern-brücke, lotada de cadeados do amor, e a cerveja Kölsch, que vem num copo fininho e eles não param de servir enquanto a gente não colocar a bolacha na boca do copo. E Colônia é o lugar onde foi inventada a água de… Colônia! Elas podem ser encontradas onde nasceram, nas lendárias lojas Farina Haus e 4711 Haus.

Cadeados na Hohenzollern- brücke, Colônia, Alemanha
Cadeados na Hohenzollern-brücke. Normalmente os nomes ou iniciais dos apaixonados estão inscritos no cadeado, e sua chave é lançada longe para simbolizar o amor inquebrável (Neuwieser/Flickr)

Lá a palavra museu ganha um significado novo. São ótimos – daqueles que dá mesmo vontade de visitar e não apenas fazer check list! Tem até o museu pra quem não gosta de museu: o Rautenstrauch-Joest é uma grande exposição de culturas do mundo que aborda questões de fé, comportamento, costumes e morte.

Tem muita coisa pra tocar, experimentar e ouvir. É uma experiência desde o lobby, onde está um armazenador de arroz indonésio feito de vime, bambu e madeira. Tem 7 metros e meio de altura!

A cara nova da cidade é o Rheinau-hafen, o bairro que nasceu do esforço da revitalização de um porto largado, numa área marginal. Os predinhos de tijolos do século 19 se misturam aos edifícios de escritórios e residenciais modernos e estilosos.

Halle 12, Colônia, Alemanha
Prédio residencial Halle 12 com um dos prédio guindaste atrás, mostrando o contraste da arquitetura da região (Rheinauhafen/Divulgação)

Retrato disso é o trio de prédios que se destaca na arquitetura local, o Kranhäuser, traduzido ao pé da letra como “casa dos guindastes”. É isso mesmo que eles parecem, debruçados em formato de L sobre o Reno.

No subúrbio de Colônia, a confortáveis 40 minutos de trem, está o castelo Schloss Bensberg, onde fica o Vendôme, restaurante três-estrelas (a cotação máxima) do Guia Michelin. Comandado pelo premiado chef Joachim Wissler, virou o templo da chamada Nova Cozinha Alemã, que usa os ingredientes tradicionais da culinária do país em recriações criativas, minimalistas e ousadas – caso da bola de neve de foie gras com espuma de trufa e tamarilho. Show de bola – 7 a 1 pra eles.

Renânia de Todos os tempos

Römisch-Germanisches-Museum

O acervo reúne peças da Antiguidade e do início da Idade Média – nos tempos conturbados em que as culturas romana e germânica se encontraram. A obra mais famosa, O Mosaico de Dionísio, que foi encontrado enterrado ali mesmo.fica no subsolo, numa sala envidraçada que dá vista para o Domo de Colônia, no térreo. É a foto perfeita.

Ludwig Museum

A coleção permanente representa as tendências mais importantes desde o início do século 20 até hoje. Destaques para as alas de pop arte americana e alemã, pintura de vanguarda russa e abstrata.

Guia VT

Ficar e passear

O Hilton fica próximo das principais atrações. Se puder abrir o bolso, vá ao Vendôme, o melhor restaurante do país.

Melhor época para visitar

Do ponto de vista do clima, a melhor época para visitar Colônia é no final do verão, em agosto, e na primavera, de março a maio. Em fevereiro o agito está garantido com o Carnaval, celebrado na cidade de modo particularmente caloroso.

Língua

Alemão.

Saúde

Para entrar no país, nenhuma vacina é obrigatória..

Documento

O passaporte é necessário mas dispensa de visto, por até 90 dias.

Por Ana Claudia Crispim

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