Lençóis Maranhenses

Por Adrian Medeiros Atualizado em 19 ago 2021, 18h46 - Publicado em 28 nov 2011, 11h29

Por mais que fotos, folhetos de viagem, vídeos caseiros ou documentários profissionais sejam um preparo para o que se vai encontrar nos Lençóis Maranhenses, nada diminui o impacto de estar integrado a essa imensidão de dunas e lagoas. Quem observa esse cenário lá de cima, num voo de monomotor, tem logo uma panorâmica do mosaico de areia e água cor de esmeralda do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Entre maio e agosto, as lagoas estão cheias e a paisagem, em plenitude. Em setembro, elas começam a secar. Na última semana de julho, acontece a Vaquejada, com shows folclóricos. Em agosto, estrangeiros desembarcam em peso por lá.

Preparo físico e disposição para longas caminhadas sob sol forte são vantagens competitivas para esquadrinhar dunas, refrescar-se nas lagoas, pernoitar em vilarejos de pescadores – uma aventura que só deve ser encarada, claro, com o auxílio de guias. Para entrar no parque, a opção mais procurada é Barreirinhas, onde ficam resorts abertos há menos de uma década, pousadas e agências que organizam passeios.

Mas é possível fazer isso também a partir dos vilarejos de Atins e Caburé, paradas obrigatórias dos passeios de barco pelo Rio Preguiças, a leste do parque, e Santo Amaro do Maranhão, a oeste. Esse último é dos lugares menos explorados, com dunas ainda mais impressionantes e lagoas cristalinas que ainda não são visitadas por grupos numerosos de turistas. Leia mais sobre os Lençóis Maranhenses aqui.

COMO CHEGAR

Ônibus e vans saem diariamente de São Luís para Barreirinhas. Se for de carro, utilize a BR-135 e a MA-402 – há sinalização, apesar de algumas placas estarem em más condições.

COMO CIRCULAR

Além de mototáxis, onipresentes nas ruas de Barreirinhas, há táxis a preços acessíveis. Quem se hospeda no Centro pode caminhar até a Avenida Beira-Rio, que abriga a maioria dos restaurantes e bares. Para conhecer dunas e lagoas, é preciso contratar passeios de jipe.

ONDE FICAR

Boa parte das hospedagens está em Barreirinhas, mas o agito da cidade pode incomodar quem procura por paz. Ali também ficam todas as agências de turismo e o comércio. Para uma imersão completa na natureza, rume para os pontos mais distantes: Atins, Caburé e Santo Amaro. Os municípios são vizinhos a dunas pouco exploradas, mas têm pousadas com estruturas simples – esqueça banhos quentes, caixas eletrônicos, sinal de celular e internet.

ONDE COMER

A Avenida Beira-Rio, em Barreirinhas, concentra os principais estabelecimentos. Fora dali, o Bambaê é uma boa opção. Em Santo Amaro do Maranhão, vale experimentar o camarão-da-malásia, nas pousadas Cajueiro e Água Doce. E não volte de Atins sem provar o camarão do Da Luzia.

QUANDO IR

A melhor época para conhecer os Lençóis Maranhenses é de maio a agosto, quando as chuvas já passaram e encheram as lagoas. Ainda assim, fique atento: quando não chove bastante, as lagoas podem ficar secas. A Vaquejada é em julho, e o mês preferido dos gringos é agosto. Neste mesmo período as temperaturas podem ser surpreendemente baixas, com mínimas abaixo dos quinze graus. Dica: vale ligar para o ICMBio e confirmar se as chuvas foram suficientes para encher as lagoas.

SUGESTÃO DE ROTEIROS

2 dias – Invista em conhecer Atins, vilarejo que é a entrada leste para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, onde estão as lagoas Verde e do Mário, menos frequentadas por turistas. O melhor caminho é aproveitar o passeio de barco pelo Rio Preguiças com paradas em Caburé e no Farol Preguiças, de onde se avista o encontro do rio com o mar. Uma vez lá, não deixe de experimentar o camarão do restaurante Da Luzia.

5 dias – Em Barreirinhas, divida o tempo entre as lagoas mais famosas e frequentadas, a Azul e a Bonita. Prefira os passeios no final da tarde, quando o caminho da volta ganha o adicional do pôr do sol entre dunas e lagoas. Pela manhã, faça o passeio da boia pelas águas calmas do Rio Formiga. E, para fechar o dia, vá a Avenida Beira-Rio, onde restaurantes e quiosques ficam cheios de gente e garantem uma noite descontraída.

7 dias – Aproveite os dias extras para ir a Santo Amaro do Maranhão. Ainda mais deserta que Atins, a cidade tem acesso difícil, por estrada de areia. Uma vez lá, as lagoas mais selvagens e bonitas dos Lençóis – Gaivota e Betânia – fazem o esforço valer a pena. Se tiver fôlego, vale explorar o parque em uma caminhada (somente com guia) até o povoado de Queimada dos Britos. Nos restaurantes, prove o camarão-da-malásia.

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