Nova Orleans

Por Adrian Medeiros Atualizado em 19 jun 2018, 17h13 - Publicado em 1 nov 2011, 11h05

Uma cidade singular. Cativante, marcante, sedutora em seu espírito risonho. Tudo próprio de uma terra que é uma encruzilhada de diferentes mundos que se colidiram para se transformar num dos melhores destinos turísticos dos Estados Unidos. Nova Orleans, capital da Luisiana, é uma América um tanto diferente. Das raízes francesas, com toques caribenhos e forte influência negra, floresceu uma cultura que nos brinda com uma cozinha espirituosa e familiar e uma musicalidade pouco vista em outros lugares do mundo.

Uma banda no estilo Dixieland ou a batida suingada de uma jam session de jazz, o calor da Bourbon Street e os riffs de uma Gibson, tudo por aqui segue um ritmo único. Um pouco dessa magia foi varrida junto às enchentes e a tragédia do Katrina, em 2005, mas Nova Orleans bravamente resistiu e hoje muito da animação foi restituída, seja no hedonístico (e etílico) festival do Mardi Gras ou nos inúmeros bares e clubes de jazz do French Quarter. Quem vem aqui quer exatamente isto, uma festa interminável. Portanto, espere ver em suas ruas muitos jovens, um amplo público gay e apreciadores de boa música.

Reserve ao menos três dias para apreciar bem o que a cidade e a região tem a oferecer, mas o ideal seriam cinco. Além de aproveitar a noite, com bares e muita música, por aqui você curtirá uma arquitetura de DNA europeu, alguns bons museus, um passeio de barco a vapor pelo rio Mississippi, jogos dos times locais de futebol americano New Orleans Saints e de basquete New Orleans Hornets ou fazer passeios de um dia pelas plantações históricas ou pântanos da região, incluindo o Parque Nacional Jean Lafitte, ao sul.

COMO CHEGAR

Aéreo

Não há voos diretos entre o Brasil e Nova Orleans. Todas as grandes companhias norte-americanas que servem o Brasil — American Airlines, Delta e United — voam até lá com uma conexão em cidades como Atlanta, Dallas ou Miami.

O destino final costuma ser o Aeroporto Internacional Louis Armstrong (MSY, www.flymsy.com). De seus terminais ao centro da cidade você pode tomar vários tipos de transporte:

– Táxi: US$ 33 para uma ou duas pessoas até o CBD (Central Business District) ou US$ 14 por pessoa para mais de três passageiros. Podem cobrar por bagagens extras.

– Airport Shuttle: vans que custam a partir de US$ 20 por pessoa, com destino aos hotéis do CBD. Detalhes em www.airportshuttleneworleans.com.

– Transporte público: há alguns ônibus que vão até a região central da cidade. É o meio barato (US$ 2), mas não vai até a porta de seu hotel.

Terrestre

O principal centro de transportes da cidade é o Union Passenger Terminal, no CBD. Daqui saem e partem ônibus da Greyhound (www.greyhound.com) e trens da Amtrak (www.amtrak.com), com destino a Nova York, Chicago ou Washington DC.

COMO CIRCULAR

Boa parte dos turistas circulará entre o CBD e o French Quarter, então a forma mais barata e conveniente de transporte serão os bondinhos streetcar. São três linhas e cada viagem custa US$ 1,25. Bilhetes de 1, 3 e 5 dias com viagens ilimitadas saem por $5, $12 e $20, respectivamente.

Há ainda a alternativa de tomar os ônibus da RTA (www.norta.com), bater muita perna no French Quarter ou simplesmente alugar uma bicicleta. Nem pense em alugar um carro: estacionamentos são escassos e, a não ser que você vá para os pântanos da região ou a Baton Rouge, são um verdadeiro estorvo.

ONDE COMER

Muita gente vem a Nova Orleans esperando provar a famosa gastronomia cajun. Certamente você encontrará uma oferta com especialidades como a linguiça boudin, a clássica jambalaya e o tenro ensopadão gumbo, mas a cozinha predominante na cidade é a creole. Apesar de muitos pratos serem semelhantes (como a própria jambalaya), suas raízes são distintas e os modos de preparo um tanto mais sofisticados. Com influências que são a própria cara da cidade, espanhola, francesa e africana, virão à mesa pratos como a lagosta e o camarão creole, o crawfish etouffee (lagostim) e as ostras rockefeller. Ou seja, muitos frutos do mar, temperos maravilhosos (e quentes) e personalidade.

Como boa parte das principais atrações está no French Quarter você não terá como escapar dos restaurantes mais “turísticos”. Com cardápios com pratos clássicos e preços razoáveis, não deixam de ser uma boa opção. Se quiser um pouco mais de sofisticação e preparos mais modernos, tente algumas boas casas no Central Business District, Uptown e Middle. Um lugar bem bacana a ser explorado é a Harrison Avenue, em Lakeside, mais próximo ao lago Ponchartrain.

ONDE FICAR

O French Quarter é o lugar óbvio para muita gente. Próximo das principais atrações turísticas, clubes de música e restaurantes, é uma escolha correta. Verifique somente se não fica numa rua muito movimentada, pois o barulho até altas horas pode incomodar um pouco em certas épocas do ano. Isso vale especialmente para as acomodações mais em conta. O Central Business District conta com alguns hotéis sofisticados, próximos a áreas com bons serviços.

Informações ao viajante

Línguas: Inglês

Saúde: Não há exigências específicas

Melhor época para visitar: A temperatura é mais agradável de meados de setembro a meados de maio. Do final de maio ao início de setembro, as temperaturas chegam a mais de 40 Cº e a umidade é grande. No inverno, o frio mais intenso dura no máximo duas semanas.

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