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26 razões para fugir de São Paulo

Natureza, aventura, gastronomia, história, religiosidade. Argumentos para nunca mais passar seu sábado, ou o domingo, ou os dois, na capital

Por Bruno Favoretto (edição)
Atualizado em 22 jan 2020, 17h40 - Publicado em 8 abr 2013, 18h44

Atualizado em janeiro de 2020

Bacalhau da Serra

Há um saboroso e surpreendente eixo do bacalhau em Serra Negra. A história começa em 2001, quando o português José Martins abriu o Sr. Bacalhau (aberto somente às sextas, fim de semana e feriados). Reflexo do êxito é o fato de a padaria Serrana, famosa desde os anos 1960 pela empada, comprar bolinhos do Sr. Bacalhau e fritá-los na hora. Fortalecendo o “cluster bacalhau”, também existe o Morhua (que no momento está fechado para reformas, mas a previsão é que a reabertura aconteça no 1º trimestre de 2020), restaurante cujo propósito está explícito no nome.

Especialidade do Sr. Bacalhau, em Serra Negra
Especialidade do Sr. Bacalhau, em Serra Negra (Jair Magri/Reprodução)

• Barão Geraldo

Sede da Unicamp, esse distrito de Campinas tem vida noturna forte e concentra ótimos bares e restaurantes. Caso do Aulus, que recebe uma galera descolada e louca para ver os circuitos de trenzinhos no salão, e do Buteco do Jair, que prepara 32 recheios de coxinha.

• Cachoeira do Itapanhaú

No km 81 da Mogi–Bertioga há uma trilha de 3 quilômetros que leva a essa linda queda de 400 metros, também chamada de Cachoeira do Elefante. Prefira ir com guia, agendados através da Associação Bertioguense de Ecoturismo (13/3317-1835) e da Associação de Monitores Locais (13/3317-5970).

• Centro Velho de Santos

As ruas do Comércio e XV de Novembro são charmosas com o calçamento de paralelepípedos. É na XV que o Museu do Café guarda painéis de Benedito Calixto, exposições e uma cafeteria. Você também pode conhecer o Centro a bordo de um centenário bonde.

O passeio de bonde percorre o Centro Histórico de Santos (Turismo Santos/Reprodução)

• Embu

Desde 1969, a feira de artesanato (aos domingos e feriados) toma o Largo 21 de Abril e arredores da Cidade Bandeirante. Caso você não queira comer nas barraquinhas, prove o leitão à pururuca do Tutu’s. E não parta sem visitar o acervo barroco do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas.

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• Balão

Sorocaba é conhecida de quem deseja relaxar, pois concentra muitos spas, e de quem quer adrenalina, já que operadoras realizam passeio de balão. Podendo chegar a 500 metros do chão, durante uma hora, sobrevoa rios e campos. Em Sorocaba, a agência Céu Voo de Balão faz o passeio. Na cidade vizinha, a Venha Voar organiza diferentes tipos de voos, inclusive românticos. Conhecida pelo paraquedismo, Boituva também tem opções de passeios de balão, na Céu Azul Balonismo.

• Holambra

A cidade mais holandesa do país faz a maior festa das flores, a Expoflora, em setembro, mas mantém muitos lugares para ver e comprar flores o ano inteiro. Caso do galpão Pronta Flora. Se a garganta secar, agende um tour cervejeiro na Schornstein.

Visitantes nos campos de flores da Expoflora, em Holambra (SP)
Visitantes nos campos de flores da Expoflora, em Holambra (SP) (Divulgação/Divulgação)

• Guararema

Lugar onde quase não se veem carros, a cidade guarda o bucólico parque Ilha Grande, no leito do Rio Paraíba, com passarelas e playground. Para os marmanjos, atração bacana é o alambique Engenho do Salto, com mais de 100 anos de existência, boas cachaças artesanais e licores – o de leite é deleite garantido.

• Itu

Tem um Centro Histórico que pede um passeio a pé, o qual pode começar na Praça Regente Feijó, onde fica a Igreja do Patrocínio, de 1820. Na Rua Paula Souza há antiquários e construções como o Museu da Energia, de 1847, e o Bar do Alemão, de 1902, cujo nome oficial é Steiner, famoso pelo bife à parmegiana com “módicos” 600 gramas de filé mignon.

• Hopi Hari e Wet’n Wild

No km 72 da Bandeirantes, o complexo de diversão inclui o parque de diversão Hopi Hari e o parque aquático Wet’n Wild, com atrações para todas as idades e níveis de aventura.

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Roda-gigante multiétnica do Hopi Hari
Roda-gigante multiétnica do Hopi Hari ()

• Pedra Grande

Cartão-postal de Atibaia, 1 418 metros acima do nível do mar, proporciona uma vista espetacular – em dias limpos, vê-se o Pico do Jaraguá. A estrada de terra de 11 quilômetros até o cume é precária, ainda mais na chuva, então você pode ir com a Atibaia Turismo de jipe, van ou caminhada de cinco horas pelas trilhas.

• Peruíbe

Viciados nas lindas praias do Litoral Norte podem se surpreender com a beleza do Litoral Sul. Peruíbe é porta de entrada para o Parque Ecológico da Jureia, onde estão as lindas e quase desertas Barra do Una e Caramborê. É legal encarar os afamados passeios de canoa.

• Praia do Éden

Você provavelmente já foi ao Guarujá, mas provavelmente não enfrentou a íngreme trilha – o acesso é pelo km 1 da estrada para Bertioga (Morro de Sorocotuba) – com 110 degraus irregulares que levam a essa praia pequenina. Pequenina, pouco frequentada e bela.

• Rafting

Em Juquitiba, o Rio Juquiá, que penetra na Mata Atlântica, é o ponto de rafting da Canoar. Ideal para uma primeira experiência graças às corredeiras de nível 2, o trajeto de 5,7 quilômetros vive o ápice na passagem sobre um redemoinho.

Hora H do rafting no Rio Juquiá, em Juquitiba
Hora H do rafting no Rio Juquiá, em Juquitiba ()

• Salto de Paraquedas

É preciso coragem (ou alguma insanidade) para pular de uma altura de 4 mil metros e pairar por cinco minutos no ar – o feito pode ser registrado em vídeo. Interessados devem rumar para a Escola Brasileira de Paraquedismo, em Boituva.

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• Serra da Cantareira

A região, que deixa a capital com cara de interior, tem a maior floresta urbana nativa do mundo, o Parque Estadual da Cantareira (11/2203-0115), com trilhas (umas leves, outras pesadinhas) e bichos. Dos quatro núcleos, o mais visitado é o da Pedra Grande, com playground e vista estupenda de São Paulo. Já o Águas Claras (11/4485-3975), cuja portaria fica em Mairiporã, cativa por suas imponentes samambaias.

• Socorro

Destino de ecoturismo, tem como um dos principais pontos o hotel Parque dos Sonhos. No terreno há seis cachoeiras e atividades como boiacross, arvorismo, rapel, escalada e espeleoturismo (exploração de cavernas). Estância hidromineral, Socorro mantém o Balneário de Pompeia (19/3855-9915).

Tirolesa do Pânico no Parque dos Sonhos, São Paulo (SP)
Uma das grandes atrações do Parque dos Sonhos é a tirolesa Do Pânico, com 1 km de extensão. Todos os hotéis e parques turísticos de Socorro têm estrutura para receber pessoas com mobilidade reduzida (Bia Parreiras/Reprodução)

• Joaquim Egídio e Sousas

Casario histórico com bares, restaurantes e lojas, rios e trilhas dão o tom dos dois bucólicos distritos de Campinas, terrenos férteis para jipeiros, famílias e casais. Todos se encontram para comer bem no Estação Marupiara, situado num casarão dos anos 1880 e que se destaca pelos pratos nordestinos.

• Maria-Fumaça

Em Jaguariúna, do Centro Cultural parte uma locomotiva a vapor que puxa antigos vagões restaurados e cruza fazendas de café. São dois trajetos: até Tanquinho e até Campinas.

• Templo Zu Lai

Se você anda na pilha, dê um pulo em Cotia para relaxar no clima do budismo chinês no maior templo dessa filosofia na América Latina, que reserva jardins e ambientes de meditação no estilo dos palácios da China.

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Ainda que você não siga o budismo nem acredite nessa filosofia, o Templo Zu Lai, em Cotia, e sua arquitetura oriental são verdadeiros convites a uma placidez digna dos tigres do Zooparque, em Itatiba ()

• Paranapiacaba

O gracioso distrito de Santo André, fundado por ingleses em 1865, tem clima londrino devido à arquitetura de suas construções, à corriqueira neblina e ao Relógio da Estação, réplica menor do Big Ben.

• Salesópolis

A contemplação da natureza se inicia na SP-88, estrada que liga Biritiba Mirim, perto de Mogi das Cruzes, a Salesópolis, com aclives e declives suaves em meio às fazendas de hortaliças. Antes de contaminar-se na capital, o Rio Tietê nasce limpo nessa localidade, que tem como emblema o Parque das Nascentes do Tietê, com quatro trilhas pela Mata Atlântica. Se viaja com crianças, considere levá-las ao interativo Museu da Energia.

• Tirolesa

Pedra Bela, a 30 quilômetros de Bragança Paulista, sedia a maior tirolesa do Brasil. Se você pesa menos de 151 quilos, pode percorrer 1 900 metros (menos de dois minutos) a 107 quilômetros por hora – a 128 metros do chão. É só procurar a Agência Alma de Pedra.

• ZooParque

Conforme anda pela trilha de 3 quilômetros que passa pelos recintos em que vivem os animais, a garotada se encanta com esse zoológico em Itatiba. Após verem macacos, tigres e elefantes, os pequenos costumam parar no lago frequentado por tuiuiús e araras-azuis. Há ainda playground e tirolesa.

Tigre do Zooparque, em Itatiba
Tigre do Zooparque, em Itatiba ()

Chocotour

Em Caçapava, perto de São José dos Campos, fãs de A Fantástica Fábrica de Chocolate podem imergir no universo de produção da Nestlé. Em uma hora de passeio dá para curtir todo o processo de fabricação de guloseimas como Alpino e Charge.

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• Trekking em Extrema

A Serra do Lopo, que fica nessa cidade do sul de Minas, é propícia para deliciosas caminhadas por trilhas bem demarcadas que descortinam muito verde e cachoeiras. Não é preciso ser atleta para desafiar a principal, até a Pedra das Flores. São duas horas até o cume, de onde se enxergam vales e montes paulistas e mineiros. Vá com um guia da Radix Aventura.

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