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Duelo radical

Brotas ou Socorro? Rafting, rapel, arvorismo, novas tirolesas. A <strong>VT</strong> se aventurou nos dois playgrounds mais radicais

Por Mirela Mazzola e Nana Tucci
Atualizado em 16 dez 2016, 09h10 - Publicado em 16 set 2011, 17h46

BROTAS

Onde a adrenalina brota

Cachoeiras, vales e um rio nervoso na Disneylândia da aventura paulista

Brotas passou os últimos 25 anos investindo em esportes radicais. Atividades como rafting, arvorismo, rapel e tirolesa atraem ao município cerca de 2 500 pessoas a cada feriado prolongado ou fim de semana de verão. De acordo com a Secretaria de Turismo, mesmo com a concorrência de lugares como Socorro e Caconde, o número de visitantes cresce 10% todos os anos. A aprovação do público ficou comprovada no Prêmio VT 2010/2011, no qual Brotas foi eleita o segundo melhor destino de aventura do Brasil.

Na rua paralela à Avenida Mário Pinotti (a avenida das agências), ônibus enfileiram-se à espera dos aventureiros. São famílias e grupos de amigos com muita vontade de se molhar. Destino? O Rio Jacaré-Pepira, ou apenas “Jacaré”, com suas correntezas, remansos e mata ciliar preservada. A atividade mais procurada é o rafting (Terra de Aventura, 14/3653-4700; R$ 75), com descida de 9 quilômetros por corredeiras de nível 3 e 4 (razoavelmente velozes e com algumas quedas-d’água). Em um trecho mais calmo, há boia-cross (Alaya, 14/3653-5656; R$ 45) e mini-rafting (Terra de Aventura; R$ 45), do qual crianças e até cães participam.

As atrações do Jacaré não são as únicas vedetes. As tirolesas também fazem sucesso. A mais nova (longa, alta e veloz…) é a Canopy Fly (Mata Nativa, 14/3653-4047; R$ 75), com um percurso de 1 300 metros, a 110 metros de altura. Em posição de flecha (preso pelo abdômen, de barriga para baixo), voa-se a uma velocidade de 70 km/h. Outra novidade é o Parque Aventurah (km 143 da SP-225,14/3653-9146; 3ª/6ª 10h/16h, sáb/dom 9h/18h; R$ 15), da agência Eco-Ação. Com o passaporte de R$ 39,90 dá para curtir acquaball (em que uma bola inflável rola lago abaixo com o turista dentro dela) e caiaque, e, por mais R$ 40, fazer rapel na Cachoeira Santa Eulália.

A maioria das quedas-d’água está no bairro do Patrimônio, em propriedades particulares a 23 quilômetros do centro. A mais bonita é a Cassorova (14/3653-5638; R$ 20), com queda de 60 metros. As com melhor estrutura são a do Recanto das Cachoeiras (14/3653-4227; R$ 25), com mirante e duas quedas, e a do Sítio Sete Quedas (14/8118-1547; R$ 15), que tem arvorismo e rapel. Para testar os nervos e a força física, o circuito de arvorismo do Verticália (Alaya, 14/3653-5656, www.alaya.com.br, R$ 65) é o mais completo de Brotas, com 35 atividades.

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SOCORRO

Heeeeeeeeeeelp!!!

Tirolesa quilométrica, rapel negativo e outras surpresinhas radicais

Na Serra da Mantiqueira, divisa de São Paulo com Minas, Socorro rivaliza em adrenalina com Brotas. A vantagem é que está mais perto, a 138 quilômetros da capital. Segundo a prefeitura do município, a atual temporada registrou um fluxo de turistas 17% maior que o do verão passado. Hoje, a cidade espalha 14 atividades por cinco rios e mais de 40 cachoeiras. E, se a infra hoteleira e gastronômica perde de goleada para a de Brotas, Socorro dá um banho no quesito cidadania: todos os hotéis e os três maiores parques de aventura têm estrutura para receber pessoas com mobilidade reduzida.

No Parque dos Sonhos (Estrada da Varginha, km 7, 19/3895-4696; 2ª/dom 7h/18h; R$ 10 a entrada e de R$ 7 a R$ 50 cada atividade), que foi 100% adaptado, a novidade é a Tirolesa Voadora. Para provar dessa aventura 170 metros acima do chão, é preciso descer 1 quilômetro deitado (e não sentado), dentro de uma roupa especial. Além da Voadora, o parque mantém mais três tirolesas: a do Pânico, com 160 metros de altura; a do Espanto, com 400 metros; e a do Calafrio, com 200 metros. O rapel, o circuito de arvorismo e a escalada também fazem a cabeça dos aventureiros. Para as crianças, há o arvorismo kids e uma rampa de skate na qual a garotada desce com segurança, conectada a um cabo de aço.

No Parque Ecológico do Monjolinho (km 6 do Corredor Turístico do Rio do Peixe, 19/3955-8124; 2ª/5ª 9h/17h, 6ª/dom 8h/18h; R$ 5 a entrada), as atrações principais são a banana flutuante EcoBoat (R$ 25 por 40 minutos de passeio) e as trilhas pela mata. Uma delas leva à Pedra Bela Vista, local do maior rapel da cidade (R$ 65), com 98 metros de altura – 40 deles “negativos”, ou seja, no vazio, sem contato com a rocha. Próximo dali, no Parque Kango Jongo (km 5 do Corredor Turístico do Rio do Peixe, 19/3855-7507; 2ª/dom 9h/17h; R$ 8 a entrada e de R$ 10 a R$ 79 por atividade), as atrações mais procuradas são o arvorismo (R$ 50), que pode ser feito em três níveis, e a tirolesa Penha-Lapa (R$ 30). Esta última justifica o nome sugestivo (o mesmo de uma longa e épica linha de ônibus paulistana) com seus 1 400 metros de extensão. Na água, o clássico da região é o rafting no Rio do Peixe (Rios de Aventura, 19/3895-5292; R$ 79), com descidas de até 7 quilômetros sobre 22 corredeiras.

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