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Cusco é mais do que a base para Machu Picchu; conheça a cidade

Cusco tem prédios históricos, gastronomia de alta qualidade e de lá saem passeios para os sítios arqueológicos; saiba mais

Por Helena Bagnoli
Atualizado em 27 jun 2019, 16h57 - Publicado em 12 ago 2016, 16h50

Entre Cusco e Machu Picchu, o viajante que segue a trilha da cidade perdida dos incas topa com ruínas espetaculares, um barroco espanhol estonteante, megainfraestrutura turística e gastronomia de primeira

Vale a pena passar mais tempo em Cusco em uma viagem a Machu Picchu?

Sim. Cusco é muito mais que uma parada a caminho de Machu Picchu. Vale a pena passar no mínimo três noites na cidade para desvendá-la, conhecer os arredores e fazer, ao menos, parte do passeio para o Vale Sagrado. Fiquei três noites na chegada e outras duas na volta de Machu Picchu.

Hospedei-me no ex-Orient Express Belmond Palácio Nazarenas, construído em um antigo convento espanhol, com acomodações contemporâneas, muitas obras de arte e serviço impecável.

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Cusco é uma cidade deliciosa, com muita coisa pra fazer. São dezenas de igrejas riquíssimas e lojas charmosas de artesanato local, principalmente prataria e tecidos de lã. Andar pelas ruas estreitas, olhando as construções do colonial espanhol assentadas sobre antigos edifícios incas, é de tirar o fôlego.

Explore vagarosamente toda a extensão da Plaza de Armas, ponto central da cidade, com lojas e bares interessantes, além das igrejas que dão para a praça. Uma visita à Catedral, que levou mais de 100 anos para ficar pronta, é obrigatória! Conhecer o mercado central San Pedro ajuda a desvendar ainda mais a herança inca. Ali se encontra um sem-número de tipos de milho, cereais e batata que a gente nunca viu.

Para quem gosta de arte, vale passear pelo bairro de San Blas, a Monmartre cusquenha, onde estão concentrados artesãos e artistas plásticos. Sem contar que o bairro é muito charmoso.

Plaza de Armas e a imponente Catedral de Cusco

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Experiências gastronômicas em Cusco

A gastronomia é um capítulo à parte. Os cusquenhos têm forte apreço por seus ingredientes nativos e os usam com muita categoria. O resultado é uma cozinha altamente sofisticada e muito saborosa.

Para almoçar, um restaurante com comida saudável e orgânica, o Greens, que traz receitas de influência andina, tailandesa, indiana. Gostei tanto que fui duas vezes.

A La Quinta Eulália (Rua Choquechaca, 384, 51-84/22-4951) é um endereço para comida local. O restaurante fica num segundo andar com mesas na varanda e é frequentado também pelos moradores de Cusco. O lugar é muito simples e tem excelente preço. A estrela do cardápio é o cuy assado, espécie de porquinho-da-índia ao forno enfeitado com rodelas de batatas e temperado com ervas finas.

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Um restaurante contemporâneo para o jantar com comida excelente é o Cicciolina. Tudo de muito bom gosto, a mistura de bistrô e bar, com paredes vermelhas, tudo à meia-luz, faz do Cicciolina um point concorrido e megacharmoso.

E, para fechar com chave de ouro (e fechar mais de uma vez, se for possível), vá ao Chicha, do embaixador da gastronomia peruana mundo afora, Gastón Acurio. O restaurante fica num belo conjunto colonial na Plaza Recocijo. Ali você encontra todos os pratos tradicionais peruanos, do ceviche ao cuy andino, muito milho, temperos, batatas variadas, para aguçar todos os sentidos e experimentar uma felicidade descomunal!

As atrações históricas do Peru

Existem inúmeros sítios arqueológicos pequenos e próximos à cidade de Cusco que valem a visita. Em quatro horas se faz tudo. Sugestões: as ruínas de Sacsayhuamán, Qenqo, Tambomachay e Puca Pucara. Percorrer o Vale Sagrado é fundamental para entender a dimensão da cultura pré-colombiana e a própria importância de Machu Picchu.

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Sacsayhuamán e suas rochas perfeitamente encaixadas

Outras visitas imperdíveis: Chinchero, Ollantaytambo, Moray, Pisac. Para me pegar no aeroporto e me levar para esses passeios, contratei uma agência de viagem. Os hotéis também fazem o traslado, mas cobram muito mais caro.

Todas as atrações turísticas de Cusco e arredores necessitam de ingresso para entrar. A maneira mais simples para o viajante é comprar uma espécie de bilhete turístico único, o boleto completo, que vale para dez dias e permite a visita a 16 lugares, inclusive para as ruínas do Vale Sagrado. O boleto é vendido no escritório da COSITUC, o instituto de turismo (Av. El Sol, 103)

Para entrar em Machu Picchu é necessário um tíquete especial. É possível comprá-lo aqui do Brasil neste site.

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Qual é a melhor epoca para visitar Cusco e Machu Picchu?

De novembro a abril chove muito na região dos Andes: melhor evitar. A estação seca, ideal, vai de maio a outubro.

Busque hospedagens em Cusco pelo Booking.com

Revista Viagem e Turismo — Setembro de 2014 — Edição 227

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