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Reino da magia

Orlando tem a Disney, Sea World, Busch Gardens e The Wizarding World of Harry Potter, no parque Universal

Por Júlia Gouveia
Atualizado em 7 jul 2021, 19h07 - Publicado em 12 set 2011, 20h11

Com suas princesas de conto de fadas, ídolos da canção e até o rei do pop, o mais conhecido parque temático continua sendo um sonho para crianças e adultos“Sua apresentação lembra o baile do Titanic. Adorável, mas com um final trágico.” Uma crítica mordaz dessa parece coisa de Simon Cowell, o jurado britânico mal-humorado do programa de calouros American Idol. Mas, na verdade, é de seu êmulo, uma figura que bate cartão no American Idol Experience, a nova atração do Hollywood Studios (antigo MGM), o parque da Disney que homenageia o cinema e a TV. Para o público americano, um arrasa-quarteirão; para o brasileiro, nem tanto, já que estar com o inglês afiadíssimo é fundamental para entender as tiradas dos jurados. Mesmo assim, a brincadeira é divertidíssima. A atração reproduz cenários, figurinos e a dinâmica da série em detalhes. Quem tem jeito para a coisa faz testes e, se passar, se apresenta na réplica do programa no parque. O grande vencedor do dia se classifica para uma competição mais profissa, no American Idol original. Para a plateia, resta vaiar, servir de claque e, claro, votar em seu cantor favorito por meio de um controle nas poltronas.American Idol é um dos maiores sucessos da televisão americana e por isso foi parar na Disney. O parque busca as grandes audiências e o público jovem – e a TV e a música jogam papéis protagonistas nisso. A música da nova parada do Magic Kingdom, Move it, Shake it, Celebrate it!, por exemplo, mescla uma batida eletrônica com rap – sim, rap. “Nosso legado se baseia em contos de fadas, mas sempre nos atualizamos”, diz Maria Loup, porta-voz da Disney para a América Latina. “As crianças de hoje estão muito ligadas na internet.”O guia de turismo paulistano Mario Gagliardi, que leva grupos para Orlando há 28 anos, reconhece a tendência. “É só ver o sucesso do Toy Story Mania, no Hollywood Studios, que de conto de fadas não tem nada.” A atração, inaugurada em 2008, é uma espécie de game gigante ao vivo. É preciso colocar óculos 3D e entrar num carrinho equipado com pequenos canhões. Aí, conforme ele se move entre os oito cenários, você dispara contra os alvos tortas, ovos e dados virtuais – e Buzz Lightyear aparece para dar um apoio. Ao mesmo tempo, o visitante sente sensações reais, como um ventinho na cara ou espirros d’água.Contra Harry Potter, a Disney ataca com o Captain E.O, atração que estreou em 2010 no Epcot Center. É uma homenagem ao rei do pop, Michael Jackson, musical 3D de 17 minutos que foi exibido no parque nos anos 1990 até surgirem os primeiros escândalos envolvendo o cantor. No filme, um jovem Michael é o capitão de uma nave espacial que enfrenta uma adversária do além, a atriz Anjelica Huston. A produção sofreu alguns ajustes tecnológicos, mas não há novidades de conteúdo.Mas nem só de ressurreições vive a Disney. Quem passeia pelos parques, em especial o Magic Kingdom, percebe vários tapumes. Brinquedos consagrados estão sendo modernizados. Um exemplo é Pirates of Caribbean. Em 2006, ganhou novos bonecos-robôs muito mais realistas e até parecidos com os personagens que aparecem nos filmes Piratas do Caribe – incluindo um do ator Johnny Depp, o Capitão Jack Sparrow. A Space Mountain, a tradicionalíssima montanha-russa no escuro, também fechou por seis meses e reabriu, em novembro passado, recauchutada. Sobrou até para Obama: no Hall of Presidents, um tributo aos presidentes dos Estados Unidos, também no Magic Kingdom, surgiu um robô do Obama. O discurso que se ouve na atração, essa é a parte maneira, foi gravada especialmente para a Disney pelo “cara” na Casa Branca. A participação está garantindo filas no Hall, que andava meio caído. Outro ícone, o Spaceship Earth, que funciona dentro da esfera gigante do Epcot, também passou por mudanças. O principal continua: a bordo de um carrinho, o visitante é levado por diversos cenários que contam a história do progresso humano e da American Idol. Encontro esperado com o Xerife Woody, de Toy Story, na parada Move it, no Magic Kingdom comunicação. O upgrade inclui novos cenários e recursos sonoros e de iluminação, além de, novamente, bonecos audioeletrônicos mais modernos. A dupla de passageiros que dividir o mesmo banco pode agora escolher em que idioma quer ouvir as narrações (sim, tem português). No final, há até um quiz em que a bola é passada para os visitantes: “Onde você gostaria de estar no futuro?” Uma das apostas mais ambiciosas é a expansão da Fantasyland, a área que é o delírio das meninas, no Magic Kingdom, prevista para 2013. Cada princesa irá realizar o sonho da casa própria: uma vai ganhar um castelo; outra, um cottage; uma terceira, uma mansão. A Sininho e outras fadas também terão alas só para elas. E, se você quiser transformar suas princesas, vá ao Bibbidi Bobbidi Boutique (www.disneyworld.com/style). A princípio, o salão de beleza só funcionava em Downtown Disney, mas agora está no castelo da Cinderela. Dá para escolher entre três tipos de pacote: o mais barato, que inclui penteado e maquiagem, custa US$ 50. O combo completo, com direito a roupinha e sapatos, sai por US$ 190. Os meninos também podem se transformar, mas em piratas. Na saída do Pirates of Caribbean funciona o The Pirates League, um salão de “feiura”. Os preços são um pouco menos “de fantasia”. Por US$ 30, o moleque faz uma maquiagem facial e ganha uma tatuagem de mentirinha. Mas procure agendar esses serviços (dá para reservar até 180 dias antes) para não ir embora com uma princesa desapontada.Por fim, dá para conhecer a Disney “por dentro” em roteiros exclusivos (e caros), como o Backstage Magic, que mostra como são criados os efeitos especiais do parque. Há visita ao famoso corredor subterrâneo do Magic Kingdom, o Utilidor, e a algumas áreas no Epcot. Custa US$ 239. Outra maneira de visitar os parques é com o Vip Tour (560-4033). Para grupos de até dez pessoas, ele custa desde US$ 175 por hora. A vantagem nem é o fato de o guia contar curiosidades sobre os brinquedos durante o passeio. O que vale é que, com ele, você fura todas as filas. Só não diga ao guia que foi a gente que contou.

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