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Pergunte à Cris – VT 174

Intercâmbio, terremoto no Chile e lua de mel em agosto

Por Cris Capuano
Atualizado em 15 jan 2020, 19h41 - Publicado em 8 set 2011, 16h35

Vou viajar com meu marido à Europa em agosto. Sei que é uma época cara, mas, assim mesmo, Cris, o que eu poderia  fazer em uma semana em Paris e outra percorrendo a Rota Romântica alemã? – Vanessa da Silva, Salvador, BA

Eu já ouvi muito francês dizer que Paris é melhor em agosto, quando os parisienses não estão lá. Faz sentido. No  mês das férias europeias, os moradores fogem para as rivieras e deixam a cidade mais vazia. Ainda assim, por ser uma época essencialmente turística, Paris se enche de alegria com festivais e cinema ao ar livre. Uma margem do Sena, bem na área central, ganha até praia artificial, a Paris Plage. Dá para alugar apartamentos dos parisienses que viajam, em bairros como Marais e St. Germain ou na Ile Saint-Louis, por menos de € 150 por dia nos sites www.rentparis.com, www.parisattitude.com ou www.guestapartment.com. Na Rota Romântica Alemã – 420 quilômetros entre cidades medievais e castelos, entre Wurzbürg e Füssen – dá para aproveitar o verãozão de agosto e percorrer o roteiro de bicicleta. O site www.bettundbike.de dá todas as dicas, inclusive de hotéis preparados para receber ciclistas. Se quiser fugir da invasão de japoneses e americanos, visite Rothenburg, mas se hospede nas vilas menores, como Dinkelsbühl.

Agendamos uma viagem para Santiago, em maio. Já compramos as passagens e o pacote. Com os terremotos, ainda é possivel viajar ao Chile? – Valmir Brunoro, Vitória, ES

É superpossível, Valmir! Depois do terremoto, em fevereiro, todo mundo ficou com medo de embarcar para lá. Mas a situação não é tão grave assim. A cidade de Concepción, a mais atingida pelos abalos sísmicos, está 520 quilômetros ao sul de Santiago. A região dos Lagos realmente sofreu danos (ainda que cidades como Puerto Montt e Pucón estejam com suas atrações turísticas funcionando). E há efeitos, sim, em Santiago: pode ser que você ainda encontre o terminal de passageiros do aeroporto em reformas. Em março, as telecomunicações e a eletricidade estavam quase normalizadas na capital. Metrôs e ônibus circulam normalmente. Uma pena que cidades como Valparaíso e Viña del Mar tenham registrado danos em prédios de construções antigas. Mas o norte do Chile, onde está o Atacama, e a Patagônia Chilena, no sul, estão intactos, com aeroportos funcionando e, em razão dos cancelamentos, hotéis vazios (em outras palavras: diárias lá embaixo). Muitas companhias aéreas e agências de turismo não têm cobrado multas por cancelamentos de viagens. Mas é importante lembrar que acidentes naturais, em maior ou menor escala, acontecem. E um destino pode, sim, se recuperar do “trauma” rapidinho. Ainda bem.

Eu vou passar a lua de mel em agosto nos Estados Unidos. O que você acha melhor: Los Angeles com Las Vegas ou San Francisco com Las Vegas? – Guilherme Alberto da Cunha, Ribeirão Preto, SP

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Tanto Los Angeles quanto San Francisco podem ser cidades legais para sua lua de mel. A primeira é uma megalópole, com programas culturais bacanas, tem Hollywood e Beverly Hills. A segunda é feita de cenários de sonho, como a Golden Gate e os bondes. Se você for para Los Angeles, pegar praia em Santa Barbara ou Santa Monica fica fácil. Se for para San Francisco, tem Sausalito e Santa Cruz, ali pertinho. Independentemente de sua escolha, eu incluiria no roteiro a região vinícola e gastronômica de Napa Valley (mais perto de San Francisco). Se você tem pelo menos 15 dias, consegue voar até Los Angeles, alugar um carro para seguir até Vegas (a 435 km) e de lá voltar pela costa para ir a San Francisco (a 560 km de LA), com direito a pelo menos um fim de semana em Napa (80 km de San Francisco). Garanto que será uma viagem de cinema.

Oi, Cris, tenho 14 anos e sempre quis viajar para o exterior sem minha mãe e sem intercâmbio. Eu posso? – Gabriel Giampietro, Campinas, SP

Viajar sozinho, no estilo mochilão, não dá, Gabriel. Para entrar no avião, você precisaria da autorização de seu pai e de sua mãe. E não seria aceito desacompanhado nem nos albergues, onde a idade mínima costuma ser 18 anos. No entanto, existem programas alternativos. Eu acho que você curtiria os acampamentos de verão para estrangeiros, programas cada vez mais comuns na Espanha, na Itália, nos Estados Unidos e no Canadá. Os grupos são formados por meninos e meninas de 12 a 17 anos e duram de duas a quatro semanas, sempre em julho. As aulas são leves – e podem até ser “on the road”, em campings selvagens por parques nacionais. A CI (11/3677-3600, www.ci.com.br) e a STB (11/3038-1555, www.stb.com.br) têm várias opções. Você escolhe a que mais combina com você.

 

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