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Pequeno manual de sobrevivência na Índia

Dicas preciosas para viajar com segurança para o país

Por Laura Capanema
Atualizado em 13 jul 2021, 12h51 - Publicado em 28 jan 2015, 18h07

Qual é a melhor época para ir à Índia?

A melhor época é de outubro a março, quando o tempo está seco e a temperatura, mais amena (apenas no extremo norte estará muito frio). Janeiro e fevereiro são os meses mais cheios de turistas.

De abril a junho as temperaturas chegam facilmente aos 45° C, e as famosas chuvas de monções, vindas do sul, vão de junho a setembro, época em que chove muito, quase todos os dias.

E mais: a Índia tem festivais lindíssimos e utracoloridos que seguem o calendário lunar, e vale muito tentar casar a sua viagem com algum. Os mais famosos são o Festival das Luzes, o Diwali, e o Festival das Cores, o Holi.

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Pretende viajar sozinha para a Índia? Evite!

Vira e mexe sai nos noticiários algum caso de estupro coletivo no país. A autora desta reportagem não teve problemas, mas é preciso tomar cuidado. Os indianos olham muito e mexem, sim, principalmente com mulheres que viajam sozinhas.

Se for o seu caso, prefra zanzar com um guia e evite shorts, saias curtas, regatas e sair à noite sem companhia. Táxi na rua, nem pensar. Em Délhi, há uma empresa de disque-táxi só para mulheres, a Sakha (91/99991-93004).

Compras – o que levar em Jaipur, Délhi, Varanasi e Agra

Cada região tem sua especialidade. A principal dica é: se você topar com algo que mexeu com seu ímpeto consumista, compre, porque é improvável que você ache o mesmo item em outros cantos do país.

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No Rajastão, vá de turbantes, tapetes e joias (Jaipur é famosa por seus centros de lapidação de diamantes, rubis e esmeraldas). Em Agra, vale dar uma olhada nos objetos de mármore branco, decorados com pedras. Em Varanasi, busque as sedas, sempre maravilhosas. Em Délhi, a boa são as bolsas, estatuetas e quinquilharias, mas também há empórios, bazares e shoppings de luxo que reúnem belas amostras do que há em outros estados.

Mulher vende seda em mercado em Délhi, Índia

Fique de olho

• Papel higiênico é uma raridade; por isso, tenha sempre lenços de papel à mão.

• Negocie o preço antes de contratar qualquer serviço, principalmente se for um passeio de riquixá e autoriquixá (ainda assim o motorista pode querer cobrar um preço diferente no final).

• Motoristas de riquixá e guias raramente têm troco para notas de 500 ou 1 000 rúpias. O ideal é ter sempre notas de 50 rúpias ou menores.

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• Pechinche sempre, para tudo. Os descontos podem chegar a 80%!

Para ler – livros com relatos fascinantes sobre a Índia

Os Indianos (Contexto), da carioca Florência Costa, traz um mergulho na história, cultura e filosofa do país, onde a jornalista morou por seis anos.

Karmatopia (Civilização Brasileira), de Karla Monteiro, narra os 195 dias em que a jornalista mineira cruzou o país passando por hostels e ashrams.

Nove Vidas (Companhia das Letras), de William Dalrymple, relata a vida de prostitutas sagradas, monjas jainistas e outros sete personagens indianos fascinantes.

Como cuidar de sua alimentação na Índia

• A principal causa de diarreias é a água contaminada. Beba só mineral de garrafa e certifique-se do lacre. Na dúvida, vá de água com gás.

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• Evite comprar iogurtes em barracas de rua; é normal adicionarem água comum.

• Regra alimentar número 1: coma apenas alimentos cozidos e evite saladas. Frutas, só as que você mesmo puder descascar.

• Ao viajar pelo país, leve biscoitos, suco de caixinha e o que mais for industrializado. A comida servida no trem nem sempre é confiável, e isso inclui a primeira classe; em aviões, é comum o lanche vir apimentado. E, claro, evite comer nas paradas de beira de estrada.

• Tenha sempre álcool em gel na mochila. Até os locais têm esse hábito; afinal, eles comem com as mãos. Mas não é preciso levar do Brasil; eles são vendidos em qualquer farmácia.

• Se for comer com as mãos, use só a direita. A mão esquerda é a que os indianos usam no banheiro para se limpar e, portanto, é considerada impura.

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Festival das cores no templo Bankey Bihari, em Vrindavan, Índia Festival das cores no templo Bankey Bihari, em Vrindavan, ÍndiaQuer entrar no templo? Descalce os pés

Vai se hospedar em ashrams?

É recomendável levar despertador para evitar perder as atividades (ninguém vem chamar), lanterna, adaptador de tomada universal, travesseiro (alguns ashrams nem fornecem) e um cobertor leve (todos têm roupa de cama, mas nem sempre é suficiente, principalmente em Rishikesh nos meses de janeiro e fevereiro, quando os termômetros podem marcar 10° C à noite).

Saiba que…

• Se precisar de um hospital em Délhi, aposte no Apollo e no Max, onde os médicos falam bem inglês.

• Indianos não respeitam fila. Se deixar qualquer espaço na sua frente, alguém vai se enfiar.

• Assaltos são quase inexistentes, mas é bom tomar muito cuidado com furtos em trens, principalmente com mochilas de mão.

• Se não quiser entrar descalço nos templos, leve meias, de preferência velhas, porque com certeza elas ficarão imundas.

 

Leia mais:

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Guia de viagem: Índia

 

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