Egito

Por Adrian Medeiros Atualizado em 8 dez 2016, 10h14 - Publicado em 27 set 2011, 13h39

Terra dos mistérios, superstições e da moderna arqueologia, o Egito fascina com sua rica história, grandes monumentos e o poderoso rio Nilo.

A cidade do Cairo é a porta de entrada para o país, contando com um dos mais incríveis museus do planeta, o Museu do Cairo, repleto de múmias, sarcófagos, esculturas e outras preciosidades. Pena que sua organização seja péssima, com uma curadoria idem. Caótica, barulhenta e dinâmica, a cidade possui um trânsito infernal, mas sobra charme. Próximo ao centro está o platô de Gizé, com as grandes pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos e a famosa esfinge.

Descendo o rio Nilo estão cidades como Edfu, com seu magnífico templo de Hórus, o mais bem preservado do Egito Antigo; Kom Ombo, e seus edifícios gêmeos, e a espetacular Luxor, com complexos religiosos incríveis como Karnak, e o imperdível Vale dos Reis, onde estão as tumbas de faraós como Ramsés II e Tutâncamon. Mais ao sul, está a agradável Aswan, próxima à barragem do lado Nasser. Aqui é o local ideal para explorar as ruínas de Abu Simbel, quase na fronteira com o Sudão, e a Ilha Philae, com o templo ptolomaico de Ísis, o último onde foram inscritos hieróglifos. Quando estiver na região, não deixe de visitar os sukhs, os milenares mercados de caravanas, e fazer um passeio de felucca, a embarcação de velas triangulares que cortam as águas do Nilo.

A oeste do país encontra-se o oásis de Siwa, onde Alexandre, o Grande, foi reconhecido faraó. Ele fundaria no delta do Nilo, já no mar Mediterrâneo, a cidade de Alexandria, onde maravilhas da antiguidade como o farol e a mítica biblioteca legaram fama e quase nenhum vestígio material.

Para quem acha que o Egito resume-se a deserto, areia, múmias e faraós, não deixe de conhecer o Mar Vermelho, um dos melhores pontos de mergulho do planeta. Suas belíssimas águas azuladas e ampla biodiversidade estão em franco processo de deterioração por excesso de exploração turística e poluição, mas a visita a resorts como Sharm-el-Sheik e Hugharda são um excelente contraponto ao clima árido do resto do país.

A culinária local é nutritiva e barata, oscilando entre pratos bem conhecidos como kafta, esfiha, saladinhas e falafel. Viajar pelo Egito de forma independente é razoavelmente fácil, com opções para todos os bolsos, mas os serviços e infra-estrutura são em grande parte pobres e confusos. Pode ser difícil descobrir onde fica um ponto de ônibus ou embarcadouro e pode haver surpresas com relação aos preços pagos em passeios. Aliás, uma das marcas registradas do país são insistentes vendedores que tentam lhe empurrar de fotos com camelos a mini-esculturas de deuses, ou irritantes pessoas que lhe pedem gorjeta por qualquer coisa. “La, shukran”, “não, obrigado”, é uma das primeiras expressões que todos os turistas estrangeiros aprendem para se desvencilhar dessas hordas.

O país é um destino razoavelmente seguro, mas as tensões político-religiosas existem em todas as regiões. Para compreender um pouco mais sobre o islamismo, visite mesquitas, como Al-Azhar, e descubra incríveis belezas que os estereótipos nos fazem cegar.

O Egito é fascinante, mas exige paciência. Tenha e descobrirá um país maravilhoso.

COMO CHEGAR

Não há voos diretos entre o Brasil e o Egito. As melhores opções são conexões com países da Europa (Londres, Amsterdã, Roma, Budapeste, Frankfurt e Madri) ou os Emirados Árabes Unidos. Há voos para Alexandria e Sharm el-Sheik, mas a principal porta de entrada para o país é o Aeroporto Internacional do Cairo. Entre todos estes terminais e os Centros das respectivas cidades há transporte público disponível, mas o mais recomendável é acertar o traslado com seu hotel (algo rápido, conveniente e barato) ou com táxis. Lembre-se que nem todos os táxis do país possuem taxímetro. Assim, caso eles tenham insista em seu uso ou, quando não houver um, tenha sua primeira experiência em negociar algo no país.

COMO CIRCULAR

Nem pense em alugar um carro, você ficaria louco. Os serviços ferroviários são razoavelmente pontuais (para os padrões locais) e sempre considere as passagens de primeira classe para ter um conforto extra. O conforto valerá cada centavo extra investido. Os servços de ônibus são muito pouco confiáveis: uma mesma companhia pode oferecer tanto um excelente veículo, cumprindo todos os horários, como uma carroça enferrujada com um motorista preguiçoso. Se você for um mochileiro, transportes informais são opções baratas (e, novamente, pouco confiáveis) para se chegar aos oásis ou a Abu Simbel ou mesmo para ir de templo em templo no vale do Nilo.

SEGURANÇA

O Egito é um país em desenvolvimento, com claras disparidades sociais e diversas camadas desassistidas da população, incluindo minorias religiosas, étnicas e mulheres. Mesmo assim, em geral, o Egito nunca teve histórico negativo de furtos e roubos contra turistas. O que preocupa mesmo são atentados terroristas (raros) e manisfestações populares que possam atrapalhar a vida dos viajantes. Boa parte dos principais destinos turísticos, como a capital, Cairo, Aswan, Luxor, Alexandria e os resorts do Mar Vermelho costuma ser bem tranquila, mas os recentes acontecimentos políticos, o instável cenário governamental e setores mais radicais da sociedade imprimem um clima de tensão que requer atenção.

Não deixe de acompanhar as últimas notícias referentes ao Egito para ter uma viagem tranquila.

ONDE COMER

Apesar de não ter uma gastronomia tão conhecida como seus vizinhos Turquia e Líbano, o Egito traz vários pratos importantes da cozinha árabe e otomana. Aqui e ali você também encontrará especialidades gregas e de países ainda mais longínquos, tudo por conta das rotas comerciais mediterrâneas e as sucessivas influências externas por conta de ocupações políticas.

Tudo é razoavelmente fresco, barato e saudável. Você encontrará desde ótimos restaurantes no Cairo e Luxor, comandados por competentes chefs, até estabelecimentos de rua bem simples, mas com comida honesta e saborosa. A grande maioria dos hotéis oferece café da manhã (mesmo os menos sofisticados possuem um serviço bem agradável), sendo que o almoço sempre reserva uma refeição mais leve — muito por conta das elevadas temperaturas. Apesar de parecerem apetitosas, evite as saladas nos restaurantes mais baratos: você nunca sabe como foram preparadas.

Curiosamente, boa parte dos restaurantes só é realmente frequentada por turistas, com cardápios em diversos idiomas. E isso não significa que os preços sejam abusivos. Ahwas (cafés) são uma opção bem bacana, também, apesar de nem todos aceitarem mulheres.

Informações ao viajante

Línguas: Árabe,mas o inglês é de uso corrente nos estabelecimentos turísticos. Muita gente também fala francês.

Moeda: Libra Egípcia

Visto: É necesário. Mais informações junto à embaixada em Brasília.

Embaixada oficial no Brasil:
SEN – Av. das Nações, lote 12, Brasília, DF
(61) 3323-8800


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