Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
Continua após publicidade

O melhor de Istambul: o que fazer em 1, 2, 3 ou 4 dias

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h54 - Publicado em 6 out 2010, 17h39

O interior da Santa Sofia: de fazer as pernas tremerem

Santa Sofia vista do segundo andar

Primeiro dia:

Santa Sofia — Vá direto ao assunto. Tenha um pouco de paciência para uma possível fila e sinta o peso da história de Istambul visitando o seu edifício mais emblemático, a Aya Sofia (Santa Sofia). Construída pelo imperador Justiniano entre os anos 527 e 565 para reafirmar o poderio de Roma, a igreja – hoje convertida em museu – é um daqueles lugares que fazem as pernas tremerem sob o impacto de sua grandeza.

Entrada: € 10

A mesquita azul num dia cinza…

O teto da mesquita: delicadeza infinita

Continua após a publicidade

Os vitrais coloridos da mesquita

Atendendo a pedidos de Alá…

A cúpula mais bonita do mundo?

Espaço reservado às mulheres na hora das orações: no fundo, fechado, abafado e ocupando aproximadamente 0,01% do espaço da mesquita

Mesquita azul – A segunda atração mais impressionante da cidade fica em frente à Aya Sofia. Sim, é exatamente o que parece. A mesquita que é a menina dos olhos de Istambul (apesar de não ser a maior) foi construída neste local estratégico justamente para rivalizar com aquela que já foi uma igreja, reafirmando o poder do islã sobre o catolicismo. Por isso, vale a pena conhecer as duas no mesmo dia e fazer as comparações. Inteiramente decorada por dentro, iluminada e de uma leveza fulminante, a mesquita certamente atingiu os seus objetivos. A entrada, grátis, é vetada durante as orações (se ouvir o chamado que emana dos minaretes, deixe para depois). É preciso vestir calça comprida ou saia longa (e não justas) e as mulheres devem cobrir o cabelo em sinal de respeito.

Continua após a publicidade

A cisterna: de fora você não daria nada

Cisterna da Basílica – A modesta portinha de entrada não dá pistas do que há dentro. Construída por Justiniano em 532, a cisterna escorada por colunas em vários estilos servia para abastecer o palácio de Topkapi. A iluminação é um show à parte. Entrada: € 5.

Interior o palácio de Topkapi: as barbas do profeta não podem ser fotografadas

Segundo dia:

Palácio Topkapi — Na alta temporada (abril a outubro), você vai precisar de fartas doses de paciência para conhecer glorioso Palácio de Topkapi, onde vários sultões otomanos viveram entre os séculos 15 e 19. A ala do tesouro, campeã em filas, guarda relíquias como “as barbas do profeta”. Sim, madeixas da barba de Maomé. Deixe o harém para conhecer por último, se não tudo o mais vai parece um pouco sem graça. Reserve pelo menos uma manhã ou uma tarde inteira, e um tempo extra para descansar as pernas depois. Entrada: € 10 e mais € 7,50 para o harém (imperdível, não seja pão duro).

Banho turco – Entre as filas e o tamanho da coisa, visitar o palácio cansa. Quem sabe não é o momento de testar os esfregões do banho turco? Um dos mais conhecidos da cidade, o Cagaloglu Hamami (eta nomezinho…), fica ali pertinho. Um pouco menos turístico, o Cemberlitas Hamami pode ser uma alternativa.

Continua após a publicidade

Grand Bazaar – Deixe a carteira no hotel (clique aqui para saber porquê) e vá espiar o que rola no maior mercado coberto do mundo. Se você tiver a sorte de presenciar um leilão de ouro, quando dezenas de turcos munidos de telefones celulares gritam ao mesmo tempo (como se estivessem numa bolsa de valores), valerá o programa. Perto do Bazaar, na avenida Divan Yolu, ainda há outras atrações, como a coluna queimada de Cemberlitas e as tumbas dos sultões.

Portal do Palácio de Dolmabahce: treme, Versalhes!

Terceiro dia:

Palácio de Dolmabahce – Convoque novamente a sua paciência para enfrentar as filas para entrar no palácio mais bonito da cidade (eu demorei uma hora e meia!!!), capaz de fazer os lustres de Versalhes tremerem de inveja. O palácio foi construído no século 19 para servir de residência para o último sultão e, depois, foi utilizado como moradia temporária para o presidente Atatürk, o maior herói nacional e responsável pela modernização do país. Atatürk abotoou o paletó nos domínios de Dolmabahce, o que conferiu uma áurea sagrada ao local. Tanto a área pública como a que se prestava à vida familiar do sultão só podem ser visitadas com um guia. Os grupos vão sendo organizados conforme o idioma. E dá-lhe mais espera. A entrada custa € 20.

Istambul Moderna – Aproveite que você está “do outro lado da ponte”, pegue um funicular na estação de Kabatas (pertinho do palácio) e suba até Taksim, o centro da Istambul moderna. De lá, sai uma imensa Rambla por onde milhares de pessoas circulam freneticamente dia e noite (a avenida Istiklal). Vá descendo em direção à torre Galata, bem mais adiante, parando em todos os bequinhos, lojas, bares e cafés que interessarem. Rende uma tarde inteira flanando e, se quiser esticar a noite, ali é o lugar (mais detalhes sobre a balada nos próximos capítulos).

Mercado de especiarias: cheiros, cores, sensações

Continua após a publicidade

Óleos florais no mercado de especiarias

Quarto dia:

Mercado de especiarias – Apesar da quantidade enorme de turistas, esse mercado próximo ao porto de Eminonu é bem mais autêntico – e em conta – do que o Grand Bazaar. O forte são as especiarias e doces turcos. Mas vende de jóia a outras bugigangas irresistíveis.

Cruzeiro pelo Bósforo – Perto do mercado, onde também fica a bonita mesquita de Rustem Pasa, você ouvirá alguns sujeitos gritando pelo megafone “Borfor! Bosfor!”. Vale a pena entrar em um dos barcões atracados e fazer o cruzeiro de uma hora e meia pelas margens do Estreito de Bósforo. Do barco, você verá palácios, casarões e o inigualável skyline de Istambul, com seus minaretes apontando ao céu.

Suleymaniye e arredores – Sua última tarde em Istambul pode ser dedicada a uma parte um pouco mais off the beaten track (pero no mucho). Atrás do Grand Bazaar (referencia um pouco vaga, já que o mercado é praticamente infinita), há uma bonita universidade e a maior mesquita da cidade, Suleymaniye. Pertinho dali, outra bela mesquita fica próxima a um aqueduto, a Sehzade.

Mais Turquia aqui no blog:

Continua após a publicidade

Mais Turquia aqui no blog:

Onde comer na região de Sultanahmet

O melhor da Turquia: os turcos

Vá ao Grand Bazaar, mas deixe a carteira no hotel

Achados em Istambul: 10 coisas que você precisa saber sobre a cidade

Siga este blog no Twitter: @drisetti

Publicidade