Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Yogyakarta, a capital cultural de Java, na Indonésia

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h44 - Publicado em 26 mar 2013, 15h15

Iguarias pelas ruas de Yogya

 

Soa bem dizer que Yogyakarta (ou “Yogya”, carinhosamente) está para Java assim como Ubud está para Bali. Afinal, ambas são consideradas os centros culturais de suas respectivas ilhas. Acontece que, até o presente momento, não consta que uma escritora americana tenha aparecido para Amar ninguém em Yogya, após Rezar e Comer mundo afora. Por essas e outras (é bom que se diga que o hype vem de longe), aquilo que sobra em Ubud – hotéis butique, spas e restaurantes badalados – ainda não chegou a Yogya. E nisso reside, de certa forma, o seu charme.

 

Um dos muitos becos coloridos da cidade

Também estamos falando de proporções distintas. Enquanto em Ubud ainda sobrevivem ares de vilarejo, Yogya é uma baita urbe de 450 mil habitantes, com uma história de tradição e glórias mil. A cidade é um ícone da resistência e jamais se rendeu totalmente ao domínio europeu, no período em que a Indonésia foi colônia holandesa, no século 20. O seu caráter de “região especial” é válido até hoje: é o único distrito do país em que o sultão (na maioria das vezes uma figura simbólica) ainda é o governador de fato.

 

Transporte alternativo (sim, porque a cidade tem até ônibus com ar condicionado!)

Os dedos (e os anéis) do sultão se fazem notar. Livre de impostos, os preços de alimentação, hospedagem e tudo o mais na cidade são ainda mais baixos do que no resto da Indonésia. A bonança do governante também é parcialmente compartilhada com os súditos de outras formas: é notável como a infra local é bem superior à da média do país. Tem até ônibus com ar condicionado!

 

Artistas de rua na capital cultural de Java

Poderosa, rica e vibrante, Yogyakarta é um destilo superpopular com os turistas do resto do país. Os ocidentais também aparecem para visitar os templos ao redor (Borobudur e Prambanan). Mas a nossa presença está bem longe de parecer uma invasão em massa. Andando pelas ruas de Yogya, ainda dá para sentir-se explorando um território desconhecido. E vale muito, por pelo menos dois ou três dias. Depois de ver os templos (e fazer tic na sua listinha de obrigações, é uma delícia para circular pelos animadíssimos mercados de rua e becos coloridos por grafites, provar a ótima culinária local e fatalmente acabar em alguma exposição de batik, a pintura que é o souvenir quase compulsório de Yogya.

 

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