Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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10 passos para entender o festival Sónar de Barcelona

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h36 - Publicado em 13 jun 2014, 16h56

É um festival ultra cosmopolita

No ano passado, foram 121 mil visitantes, de 102 países diferentes! Bem mais da metade da ONU representada.

 

O palco SonarDôme

O palco SonarDôme

É a cara de Barcelona

Apesar do caráter internacional, é um festival que reflete o espírito da cidade: pacífico, low profile, relaxado.

 

É vanguardista

Se você não é um superintendido em música eletrônica, é provável que conheça poucos nomes do line-up diurno do festival. A ideia é essa mesmo: surpreender e lançar tendência. Os hits ficam para a programação noturna. Este ano, os britânicos do Massive Attack são a principal atração. Eles tocaram ontem no show da abertura noturna do festival, só para convidados. Acabei não indo por causa do jogo do Brasil. Sábado eles repetem o show e estarei lá pra contar como foi.

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Visual pixelado do SonarVillage

Visual pixelado do SonarVillage

É crescidinho

O Sónar está celebrando a sua 21a edição em 2014. Não é exagero dizer que muita gente (incluindo a minha pessoa) cresceu e amadureceu com o festival. Por isso, a faixa etária que prevalece é mais pro 30 do que pro 20. E também rola 40, 50… Alguns antigos habitués levam os filhos (como o bebê mais fofo da galáxia, da foto abaixo, que parou o Sónar Día ontem.

 

A grande estrela do Sónar ontem

A grande estrela do Sónar ontem

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É crescente

No ano passado, o festival multiplicou o tamanho da sua edição diurna e incorporou o Sónar D+, uma conferência sobre criatividade e tecnologia. A cada ano, o Sónar também vai lançando seus tentáculos para outros espaços da cidade e criando surpresinhas dentro da estrutura principal. Este ano o grande sucesso do Sónar Día já está decretado: o Despacio, um palco que funciona das 15h30 a 21h30 nas mãos de James Murphy e 2Manydjs. É pros caras deitarem e rolarem. E tá fazendo fila na porta (é um lugar menor e mais intimista).

Outro momento do SónarDôme

Outro momento do SónarDôme

 

É um catálogo internacional de beldades, anônimas e famosas

Pelos motivos acima, é um festival absurdamente florido, lindamente variado. Tem pra todos os gostos e vertentes sexuais. Já vi Rodrigo Santoro solto na fita em edição passada. Ontem foi a fez do supertopmodel Jon Kortajarena, o sujeito da foto abaixo (meninas, ele definitivamente não joga no nosso time…).

 

O supermodelo Jon Kortajarena (foto roubada do Instagram do moço)

O supermodelo Jon Kortajarena (foto roubada do Instagram do moço @kortajarenajon)

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É caro

Para um brasileiro, acostumado a pagar preços inacreditáveis por show e festivais, pode até nem parecer. Mas € 195 por um passe completo é caríssimo para um espanhol. Justamente por isso, há quem diga que é um festival moldado para gringos (não à toa  quase 60% do público é estrangeiro). Ainda assim, quem gosta dá um jeito. Ontem mesmo encontrei vários amigos no festival.

 

SónarVillage bombando em plena quinta-feira à tarde

SónarVillage bombando em plena quinta-feira à tarde

É peso pesado

O orçamento do festival é de mais de 5 milhões de euros.

 

É importante para a cidade

Barcelona fica com cara de Sónar. Tem gente “hospedado” até na praia e em parques. Os hotéis lotam. A programação off Sónar é quase tão intensa quanto o festival. É uma festa. Quase um carnaval.

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Momento abstrato no SonarDôme

Momento abstrato no SonarDôme

 É teimoso

Hoje em dia, os grandes festivais de Barcelona, incluindo o Primavera Sound, acontecem no parque do Forum, um espaço à beira mar construído justamente para sediar eventos confortavelmente, com vista para o Mediterrâneo e metrô na porta. Por motivos insondáveis, o Sónar insiste em ser diferente, alojando-se em espaços extremamente inóspitos e com péssima acústica. Até a edição de 2012, a programação diurna acontecia no centro da cidade, o que era incrível e compensava o perrengue da locação noturna. Agora, dia e noite acontecem em lugares ruins. É uma grande pena.

 

(fotos Cássio Leitão)

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