Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Um jeitinho econômico de provar a cozinha do chef estrelado Joël Robuchon em Paris

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h36 - Publicado em 8 jul 2014, 15h16
Mousse de foie gras com espuminha e vinho doce

Mousse de foie gras com espuminha e vinho doce

Com restaurantes em Londres, Tóquio, Mônaco e Las Vegas, entre outras cidades, o chef Joël Robuchon coleciona uma constelação de estrelas no guia Michelin. A fórmula mais bem sucedida desse francês de olhos azuis e olheiras pronunciadas é o L’Atelier, um restaurante cujo coração é a cozinha aberta, cercada por um grande balcão, de onde saem receitas que podem ser confeccionadas em tamanho tapa ou prato. Paris tem duas unidades bi-estreladas e tri-badaladas. Em uma delas, em plena Champs-Élysées, reside a sua grande oportunidade de experimentar a cozinha de Robuchon sem pagar uma fortuna.

Com um cardápio um pouco menos rebuscado que a unidade de Saint-Germain, o L’Atelier de Joël Robuchon Etoile dá uma colher de chá na hora do almoço, quando é possível escolher entre três tipos de menu degustação. O mais econômico, com aperitivo, entrada, prato principal e sobremesa, custa € 43. O mais completo, com aperitivo, duas entradas, dois pratos principais e sobremesa, custa € 83. E também há um meio termo, com aperitivo, duas entradas, um prato principal e sobremesa, por € 63. Os vinhos da casa custam entre € 7 e € 10 por taça. Optei pelo meio termo.

 

Tartar de salmão com ovas e redinha de batata

Tartar de salmão com ovas e redinha de batata

Ovo pochê a la Robuchon

Ovo pochê a la Robuchon, com jamón ibérico

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Magret de pato de chorar

Magret de pato de chorar

De aperitivo, um copinho estilo “shot”, com mousse de foie gras e uma espuma delicada coberta com vinho doce. Como primeira entrada, escolhi um tartar de salmão com ovas, lindamente decorado com uma crostinha de batata — esse prato foi a opção de praticamente todo mundo que estava no balcão. Minha segunda entrada foi um ovo pochê perfeito, acompanhado de ratatuile e uma espuma leve de queijo. O prato principal foi um matador magret de pato com toque de gengibre e cerejas recheadas, fazendo dupla com o melhor purê de batatas do universo.

 

Parênteses sobre o purê. Um simpaticíssimo casal de neozelandeses que almoçava do meu lado chamou o garçom e disse: “Como é possível que um purê seja tão bom? Em teoria, eu sei fazer purê, mas isso aqui tem que ter algum segredo mirabolante”. A resposta é: manteiga e batata em iguais proporções — o yeah! Caí de cabeça, e depois fiz um contraponto na sobremesa, com leves morangos e sorvete de manjericão. O café, golpe de misericórdia, vem acompanhado de dois brioches de laranja divinos e um bombom que explode na boca.

Moranguinhos com sorvete de manjericão

Moranguinhos com sorvete de manjericão

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Todo decorado em preto e vermelho, o restaurante fica escondidinho no subsolo de um centro comercial a poucos metros do Arco do Triunfo. Vale muito reservar um lugar no balcão, para observar como trabalham os cozinheiros — e também porque é o lugar mais animadinho e informal, servido por garçons jovens e amáveis. No salão, o público é mais “almoço de negócios” (não combina muito com férias, certo?).

O jeitão do restaurante, com direito a pebolim

O jeitão do restaurante, com direito a pebolim

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