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Uma prévia de como será o restaurante Hoja Santa, próxima empreitada de Albert Adrià

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h34 - Publicado em 12 set 2014, 16h12

Quando se trata de um dos chef mais famosos do mundo, qualquer inauguração é cercada de mistério. Semana passada postei sobre o Niño Viejo, o mais novo restaurante de Albert Adrià: uma taquería mexicana tradicional com um toque criativo (como não podia deixar de ser), num ambiente colorido, informal e descontraído. Pois bem. Trata-se apenas de um aperitivo do que está por vir. Com inauguração marcada para dia 22 de setembro, o Hoja Santa será um restaurante de alta cozinha mexicana, que funcionará na parte de trás do Niño Viejo. Em outras palavras, a taquería vai funcionar como uma antessala, ainda que os dois restaurantes sejam completamente independentes.

 

Esta semana estive por lá para entrevistar o chef Paco Méndez, sócio de Adrià nos dois restaurantes, que estará à frente das duas cozinhas. O jovem mexicano, de 32 anos, era dono de um bar de tapas na capital do México, além de encabeçar um famoso catering, Ele conheceu Albert em 2008, quando trabalhou por uma temporada no El Bulli. Há dois anos na Espanha, ele trabalhou na cozinha do Ticket, o bar de tapas de Adrià, até os dois embarcarem no projeto conjunto.

 

Acabei conversando com ele no próprio Hoja Santa. O lugar está em fase de acabamento (e obviamente não fui autorizada a fotografar), mas já dá ara ter uma boa ideia de como vai ser. Em contraste com o colorido Niño Viejo, que tem jeito de bar, o Hoja Santa é mais sóbrio (mas longe de ser formal). O piso é de tábua corrida clarinha e as mesas são cobertas de pastilhas. Palitinhos de bambu forram o teto, enfeites e luminárias foram confeccionados em fibras naturais e as cadeiras são de madeira. Tem certo jeito de restaurante de praia. Logo na entrada, dois balcões de mármore, onde funcionará o bar, são realçados com luminárias elaboradas com potes de vidro. A cozinha vai ocupar um grande aquário que se abre para a sala com capacidade para 50 comensais. Segundo o chef, não haverá menu degustação (pelo menos por enquanto) e o gasto médio por pessoa será de € 70 a € 90. A carta ainda é um mistério.

 

“No México se come bem em qualquer lugar, pode ser numa barraquinha da esquina ou num restaurante de alta cozinha, então a intenção de ter os dois restaurantes reunidos é dar uma boa amostra da culinária do país”, diz Paco Méndez. Um dos desafios é introduzir algumas questões culturais aos clientes europeus. Por exemplo, ao invés de vinho, a ideia é que bebam margueritas, cervejas e águas frescas. Também não é mole (com o perdão do trocadilho) conseguir alguns ingredientes – tanto é que o chef teve que levantar uma horta nos arredores de Valência, além de montar uma pequena importadora com a sua mulher.

 

Aguardamos ansiosamente pelo dia 22.

 

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