Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Almoço-degustação no Mercado del Ninot em Barcelona

Dois meses se passaram desde então, a poeira do hype dos primeiros dias baixou

Por Adriana Setti
Atualizado em 26 set 2019, 15h17 - Publicado em 17 jul 2015, 10h03

Em maio, quando o Mercado del Ninot  foi reinaugurado em versão turbinada, escrevi um post com sentimentos conflitantes a respeito da novidade. O lugar sem dúvidas havia ficado mil vezes mais bonito e confortável. Por outro lado, a evidente “gurmetização” daquilo que sempre foi o mercadão roots da esquina tinha me deixado um pouco irritada. Dois meses se passaram desde então, a poeira do hype dos primeiros dias baixou, a enxurrada de turistas que previ (ainda) não aconteceu e… I AM IN LOVE.

O novo visual do Mercado del NinotO novo visual do Mercado del Ninot
Barraquinhas agora superincrementadas, com espaços de degustaçãoBarraquinhas agora superincrementadas, com espaços de degustação
A entrada high-tech do mercadoA entrada high-tech do mercado

Ainda não tive tempo de testar todos os espaços de degustação (são 14 no total), mas já tenho meu xodó do momento: The Res. O lugar fica num dos cantos do mercado, com meia dúzia de mesas apertadinhas e atendimento simpaticíssimo. O cardápio mistura os itens de um dos açougues mais finos do pedaço, De Cruz Morales (carne é a especialidade número 1 do Ninot), com as delícias de uma delicatessen italiana, Pastalona,  que vende massas frescas, queijos etc.

Carnívoros, erguei as mãos aos céus. Eis um forte candidato a melhor steak tartare da cidade. Fresco, soboroso, picante ao gosto do freguês (a garçonete pede que você diga um grau de 0 a 10) e extremamente generoso, para dividir em até quatro pessoas.

Steak tartare MUUITO sério do The Res, em porção colossalSteak tartare MUUITO sério do The Res, em porção colossal

Uma das especialidades da casa é o chuletón (chuleta gigante, como o nome sugere): da Galícia, dos Pirineus, da Normandia, de Angus… O preço é insuperável, afinal de contas não há intermediários – é do açougue à mesa.

O “material” da delicatessen Pastalona também é fora de série. Burrata fresquíssima para começar, temperadinha com pesto. E, na sequência, um ravioli de foie gras (um salve à prefeitura de São Paulo!) com azeite trufado.

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Ravióli de foie gras com azeite trufadoRavióli de foie gras com azeite trufado
Pimientos del padrón, um clássico espanholPimientos del padrón, um clássico espanhol
Burrata gemendo de frescaBurrata gemendo de fresca
Chuletón pornográfico no açougue De Cruz MoralesChuletón pornográfico no açougue De Cruz Morales
Troféu revelação: matambre argentino com batatinhas deusasTroféu revelação: matambre argentino com batatinhas deusas

Produtos garimpados em outras barraquinhas do mercado também pode vir à mesa, como é o caso das zamburiñas (uma espécie de mini vieira) com jamón e os pimientos del padrón fritinhos.

Agora comece a gargalhar: um banquete acompanhado de VÁRIAS cervejinhas geladas dá uma média de € 20 por pessoa (em quatro pessoas, dividindo vários pratinhos).

Dica essencial: o lugar é minúsculo e fica meio impraticável na hora do pico do almoço, mais ou menos das 13h30 às 14h30. Mas, como abre das 9h às 21h (você pode comer chuletón às 9h da manhã se quiser!), é ideal para um almoço tardio, happy hour ou fome fora de hora.

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