Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Quatro programaços gastronômicos em São Paulo

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h12 - Publicado em 4 dez 2015, 17h55

Reencontrar os amigos em São Paulo quase sempre envolve uma mesa, muitos copos e gostosuras que considero imbatíveis. Obviamente, a lista de lugares imperdíveis para comer na cidade é interminável. Mas alguns são especialmente gostosos para quem não conhece a cidade e/ou está afim de matar as saudades, pela originalidade, simpática e caráter único. Nas últimas três semanas, os quatro lugares a seguir (pinçado entre muitos outros que andei experimentando) foram os grandes destaques.

1. Mocotó

Está beeeem longe de ser uma novidade que é um dos melhores restaurantes do Brasil, certo? Eu também já tinha estado no Mocotó. Mas acho que a partir de agora o adotarei como um programa obrigatório ao pisar na cidade. Apesar da fama internacional, o restaurante do chef Rodrigo Oliveira (que estava presente e circulou pelo salão cumprimentando os clientes no dia em que estive lá) continua dando um banho de simplicidade, originalidade e pé no chão. O serviço é simpaticíssimo, o ambiente é despretensioso, os pratos saem rapidíssimo e o preço é honesto. E a comida…. meu deus… Dadinhos de tapioca imitados à exaustão arrancam lágrimas. A Mocofava é saborosa, temperadíssima e faz morto levantar do caixão. O “bode atolado” é feito com amor. Uma coisa de louco. E quando parecia impossível melhorar, veio à mesa o pudim de tapioca com coco e caramelo, a melhor sobremesa que provei nos últimos anos. É para aplaudir de pé e elogiar até cansar. Eles merecem o hype e a glória.

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O melhor pudim de tapioca do mundo, no Mocotó

Atolado de bode: explode coração!

Atolado de bode: explode coração!

2. A Casa do Porco Bar

As eternas filas que se formam na porta dessa esquininha singela são mais do que justificadas. A Casa do Porco é, na minha modestíssima opinião, o restaurante mais interessante e original que brotou em São Paulo nos últimos tempos. A aposta é ousadíssima: mal o bacon acaba de se tornar um vilão oficialmente, o chef Jafferson Rueda aposta no porco e toda a sua exuberância. Sem complexos, sem frescura, sem medo de ser feliz. A estrela da casa, que tem pegada cool sem ser esnobe, é o Porco a San Zé, marinado e assado por horas a fio, acompanhado de farofa e tartare de banana (divino!). A carne ora derrete na boca, ora estala em crostinhas perfeitas. As linguiças são delicadas e gloriosas: surpresa total com a recheada de beterraba. Faltou capacidade estomacal, mas a vontade era provar a carta inteira, a começar pelo exótico “sushi de porco” e passando pelo ceviche e pelo lâmen (o que aterrissou na mesa ao lado era uma explosão aromática e visual, praticamente babei). Volveré!

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3. Sabiá

Comida de boteco é um negócio muito sério em São Paulo. Mas, nos bares onde andei, nada superou o pastel de catupiry com camarão do Sabiá, o bar mais agradável da Vila Madalena, na minha modestíssima opinião, para quem já passou dos 30.

4. Carlos Pizzaria

É muito difícil chamar a atenção e se destacar no ultra competitivo território das pizzas paulistanas. Mas, quando você acha que já viu de tudo, pinta esse lugar discreto e despretensioso para provar que limites podem ser superados, com massa de fermentação prolongada assada no forno a lenha. Beira a perfeição.

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