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Maresias, um passeio-roteiro por esse desejável clichê de verão

Por Bruno Favoretto
Atualizado em 27 fev 2017, 15h13 - Publicado em 6 nov 2015, 00h08

Se Tim Maia tivesse sido paulista, poderia ter esquecido a rima e cantado que, do Canto da Moreira ao Canto da Barra, as duas pontas de Maresias, não há nada igual.

E os motivos não estão apenas em seus 4 quilômetros de areias e seu mar contornados por Mata Atlântica: a vida noturna é reconhecida mundialmente, e a gastronomia tem progredido.

De pequena vila onde os visitantes até pelados iam à praia, o pico ficou pop entre os surfistas nos anos 90, quando passaram a se acumular pelo Canto da Moreira, o lado direito, latitude em que se plasmam algumas das melhores ondas do país. Caprichosas a ponto de lapidar o já maior talento da história do surfe nacional, Gabriel Medina, motivos para encorajar você a fazer uma aula com o Douglas (12/99722-8880).

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A década de 90 seguia, e a propaganda dos surfistas ia atraindo cada vez mais gente. O point era o Bar do Shaolin, barraca pé na areia e com Bob Marley nas caixas.

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Em 1993, ele passou gradualmente a ser ofuscado por aquela que ostenta a fama de oitava melhor balada do mundo, segundo o respeitado ranking da revista inglesa DJ Mag, algo que anos mais tarde fez o Shaolin fechar e o dono se mudar para Santos. Sim, falamos do megalomaníaco Sirena, que já recebeu festeiros do naipe de Gisele Bündchen, que contrata os mais aclamados DJs internacionais e que cobra não menos do que R$ 120 para homem e R$ 60 para mulher. No verão, ele ganha um rival, o Parador, balada sazonal que começa à tarde.

Quem não tem paciência com eletrônico vai ao Santo Gole, com público trintão e pop rock. Uma badalação alternativa é o sábado no All Kone, onde tem até reggae ao vivo, além da licorosa cachaça de mel da casa. Conforme o nome denuncia, lá se comem temakis, tacos e pizzas (em média R$ 16) em forma de cone.

O All Kone se mudou para a Avenida Doutor Francisco Loup, a da praia, território de várias comidinhas. Caso do expresso com waffle do Central Cafesias, no número 754 (fica na calçada do Shopping Boulevard), e das Empanadas Tucumanas (nº 1122), que erra em sucos como o de coco (muito doce) e o de abacaxi (aguado), porém brilha em sabores como camarão com requeijão. Receita da Celeste, a sorridente dona que trocou a Argentina pelo Brasil em 2010.

Um ano antes fez o mesmo o chef napolitano Vincenzo, do Mergellina (o nome tributa um bairro de Nápoles), situado na paralela Rua dos Navegantes, acessada na altura do half de skate da Francisco Loup. Já comi de tudo ali e gostei de tudo. Ressalva: se pedir tagliatelle arrabiatta, diga que curte mais apimentado, pois quando se solicita “médio apimentado” ele pode vir light demais.

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Outro que abandonou o país natal para viver em “Marecas” é o uruguaio Enrique, que trabalha no lançamento hoteleiro mais recente, o Amora Boutique. Uma delícia, sobretudo na área da piscina, quase que na areia.

Outras boas pernoites se consegue na Porto Mare e no hostel da rede Che Lagarto, inaugurado há dois anos, perfil de hospedagem que, convenhamos, está menos para entusiastas do Sirena do que estaria para os do saudoso Bar do Shaolin.

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