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Berlim: um spa para ir antes de morrer

Vestiários mistos, gente pelada sem nenhum constrangimento e sem segundas intenções. E, pra impactar ainda mais, uma massagem dos deuses

Por Ana Claudia Crispim
Atualizado em 18 fev 2019, 17h09 - Publicado em 19 mar 2015, 17h00

O lugar é um spa, fica num prédio com jeitão de fábrica e fachada discreta numa rua morta em Kreuzberg, um bairro da ex-Alemanha oriental.

Ficar umas duas horas neste spa é no mínimo uma experiência sui generis. Entenda:

Me identifico na recepção. Tinha uma massagem e mais um tempo de permanência reservado. Alugo um roupão, toalha e até um maiô. Penso no trampo que seria tratar alguma doença sexualmente transmissível mas confio.

Me dirijo ao vestiário, coloco minhas coisas dentro do armário e tomo um sustinho quando percebo que é um vestiário quase misto. É que ali, do outro lado dos armários (que tinham um espaço livre entre um e outro) estavam os homens, como vieram ao mundo, se preparando para entrar no templo do relaxamento hispster.

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Sou levada à área de spa trombando com um ou outro peladão. É uma área muito agradável com um bar, áreas de relaxamento (fechada e ao ar livre). Debaixo do frio e da garoa algumas pessoas curtem a jacuzzi do jardim.

Jacuzzi a dois, que fofo [foto: Divulgacão]Jacuzzi a dois, que fofo [foto: Divulgacão]

A sauna com paredes de vidro tem um aviso: é proibido usar roupas, leve apenas sua toalha. Mista, claro. Percebo que é ali que as pessoas desapegam das vestimentas e libertam corpos conquistados a muita pedalada.

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Lição de desapego [foto: Divulgacão]Lição de desapego [foto: Divulgacão]

Recebo a melhor massagem de toda a minha vida, com a Francisca, uma alemã de mãos firmes. 45 minutos depois saio levitando e sou recebida com um chá aromático, servido num bowl ergonômicamente pensando.

Pra terminar a noite, um grand finalle: a piscina de água morna, salgada, escurinha e com jogos de luzes hipnotizantes. Ao fundo, música boa pra relaxar. Pensei que ficar horas boiando de barriga pra cima, como se estivesse no Mar Morto, não seria nada difícil, mesmo porque a música também toca debaixo da água. Bem pensado.

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liquidMar morto hispter [foto: Divulgacão]

Quanto minha pressão já estava tão baixa a ponto de desmaiar, saí. Sem forças para comer, pedi uma bebidinha e fiquei observando as pessoas batendo um papo, peladas, trocando umas ideias com o povo da firma. Achei civilizado mas, minha cabeça brasileira (acostumada com fio-dental e não nudez) já imaginou uma música de filme pornô e a sububa. Passou rápido.

É ambiente familiar, pra gente evoluída. Aceita crianças. Anota aí: Liquidrom, um lugar para ir antes de morrer, em Berlim.

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