Imagem Blog Viagem no Tempo Por Blog Giovanna Fontenelle é jornalista e, às vezes, não sabe se vive no presente, no passado ou nos planos de viagens futuras.
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Conheça, se tiver coragem, as histórias de três das igrejas mais sinistras do mundo

Por Giovanna Fontenelle
Atualizado em 27 fev 2017, 15h08 - Publicado em 2 Maio 2016, 23h33

Entrar em igrejas já pode ser um ato sinistro por si só. Muitas pessoas estranham e se sentem pequenas perto da grandiosidade de alguns dos maiores santuários católicos do mundo. Igrejas góticas, com suas arquiteturas sublimes e de proporções monumentais, são especialmente pensadas e projetadas para amedrontar e mostrar a imponência de Deus com relação aos seres humanos.

Já os santuários desse post não apostam no tamanho para meter medo. Esses aqui vão muito mais longe e adentram o território do sobrenatural. E você, também teria coragem de ir em lugares povoados pelos mortos vivos?

 

Igreja de Todos os Santos, Kutná Hora, República Checa

O sinistro candelabro da Igreja de Todos os Santos, na República Checa (foto: pragmatopian)

O sinistro candelabro da Igreja de Todos os Santos, na República Checa (foto: pragmatopian)

Consegue imaginar um enorme candelabro feito com todos os ossos de um corpo humano? Difícil de conceber, mas o objeto macabro existe de verdade e situa-se pendurado dentro do Ossuário de Sedlec, na Igreja de Todos os Santos, em Kutná Hora, a 80 quilômetros de Praga.

Tudo começou quando um monge do santuário viajou de Jerusalém e trouxe consigo uma pilha de terra do Calvário – a colina onde Jesus teria sido crucificado – e a depositou na igreja. Por causa disso, muitas pessoas passaram a desejar um enterro nesse solo abençoado. Cerca de um século depois, a peste negra arrasou a Europa e contribuiu para lotar, ainda mais, o cemitério do lugar.

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Pouco depois, esse Ossuário foi construído com o intuito de comportar os ossos das covas que foram esvaziavas para dar lugar aos “novos mortos”. O candelabro, porém, só foi instalado no século 19, quando resolveram organizar e empilhar os restos mortais que ali existiam. São mais de 40 mil esqueletos!

 

Igreja de São Francisco, Évora, Portugal

As paredes, teto e colunas da Capela dos Ossos, em Portugal, são completamente tomadas por crânios e ossos mais de 5.000 pessoas (foto: Gaía Passarelli)

As paredes, teto e colunas da Capela dos Ossos, em Portugal, são completamente tomadas por crânios e ossos de mais de 5.000 pessoas (foto: Gaía Passarelli)

“Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos…” Já é assim, com essa sinistra frase de impacto sobre a porta de entrada, que a Capela dos Ossos, dentro da Igreja de São Francisco, recebe seus visitantes. O sujeito da frase são as almas dos milhares de ossos que a capela guarda em seu interior. Ao invés de belos quadros e gravuras, as paredes e colunas desse santuário exibem crânios de monges que foram arrancados dos seus lugares de descanso eterno, porque a cidade de Évora enfrentava um problema de superlotação em seus cemitérios monásticos. Uma solução bem inusitada, não acha?

O mais interessante, porém, é se perguntar como que isso foi permitido pela Igreja Católica, em pleno século 17 – quando o local foi construído. Seria considerado um verdadeiro sacrilégio! Acontece que os monges que arquitetaram a capela foram influenciados pela contrarreforma e queriam, de uma maneira que pode ser considerada quase artística, representar a fugacidade e a fragilidade da vida dos homens.

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Igreja de St. George, Lukova, República Checa

A Igreja de St. George é habitada por fantasmas! (foto: Piefke La Belle)

A Igreja de St. George é habitada por fantasmas (foto: Piefke La Belle)

Você teria coragem de assistir a uma missa em companhia de seres do além? Na igreja de St. George, conhecida por ser a mais assustadora de todo o mundo, isso realmente ocorre. Sentados sobre os bancos do santuário, os fantasmas parecem assistir a missa como qualquer outro devoto. Mas calma: tudo não passa de uma brincadeira. As assombrações não passam de estátuas feitas pelo artista Jakub Hadrava, após o teto da igreja desabar, na década de 1960, e os fiéis acharem que a capela estava amaldiçoada.

A proposta do artista, porém, foi um tanto singela. Ele quis representar as almas dos alemães que viveram na cidade e frequentavam a capela antes da Segunda Guerra Mundial. Apesar da ideia funcionar, trazendo mais turistas e interesse para o lugar, essas estátuas estão mais para dementadores dos filmes de Harry Potter do que fantasmas!

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