Barcelona high-tech, parte 1: Parc Central del Poblenou, por Jean Nouvel
Assim como tudo aquilo que é diferente, o Parc Central del Poble Nou, projetado pelo megarquiteto francês Jean Nouvel, gerou polêmica quando foi inaugurado, há dois anos.
O alvo principal das críticas era o muro que cerca o parque. Segundo os seus detratores, Jean Nouvel havia criado um “campo de concentração” dentro da cidade, ocultando a área de 55 600m2 do bairro e do povo.
Será?
O muro, na minha modesta opinião, é a grande sacada do lugar. Localizado numa área “áspera” da cidade, o distrito 22@, um pólo empresarial de edifícios altos e trânsito intenso, o parque foi concebido intencionalmente para ser um esconderijo, um mundo à parte na selva de pedra. Permeado por janelas de vidro, que permitem um pouco de contato visual entre exterior e interior, o muro também barra o ruído dos automóveis, criando um clima de paz e tranqüilidade.
“O Parc del Poblenou está escrito com o vocabulário das sombras, desde as sombras que passam através de telas, salpicadas, semeadas, até as sombras quadriculadas sob o trançado de grades; desde as sombras que reluzem na água até as sombras profundas e mates de um bosque. Uma arquitetura que pede calma, silêncio (…) para dar resposta aos usos e costumes dos visitantes de todas as idades: sardana, peteca, jogos infantis, lugar de recolhimento, longos passeios… e porque nosso tempo possa acrescentar sua árvore à eterna arte dos jardins.” Assim de profundo, o prêmio Pritzker de arquitetura apresentou a sua criação.
Gostei muito do lugar. Vá e tire as suas conclusões.
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